Jornal de Angola

Centenas de famílias vão ser realojadas

- Alexa Sonhi

Ao todo, 1.500 famílias que vivem em situação deplorável na encosta da Boavista e no antigo espaço do mercado Roque Santeiro, no Distrito Urbano do Sambizanga, em Luanda, vão ser realojadas, ainda este ano, no projecto habitacion­al Mayé Mayé, localizado no município de Cacuaco, Distrito Urbano do Sequele.

A informação foi avançada, ontem, pelo director nacional de Gestão Fundiária e Habitação do Ministério das Obras Públicas e Ordenament­o do Território, Adérito Mohamed, acrescenta­ndo, que o processo de realojamen­to está a decorrer no âmbito do Programa Nacional de Urbanismo e Habitação, que visa tirar as populações das zonas de risco.

Segundo Adérito Mohamed, as 1.500 famílias correspond­em a 8.700 pessoas, que, durante anos, viviam em condições precárias.

“O projecto Mayé Mayé, onde as populações estão a ser realojadas, além das habitações, possui um conjunto de serviços, como o fornecimen­to de energia eléctrica, água potável, arruamento­s, escolas do primeiro ciclo de ensino, posto de saúde e posto policial”, sublinhou o director nacional da Habitação.

Para se evitar que algumas famílias voltem aos casebres, no intuito de receberem mais casas do Governo, acrescento­u, todas as residência­s onde saíram foram demolidas e colocado no local um serviço de fiscalizaç­ão, para evitar que outros casebres possam surgir na mesma zona de risco.

Em relação à população que vive em situação de vulnerabil­idade na zona da Ilha Seca, no município de Viana, Adérito Mohamed disse que o Governo busca soluções para melhorar a qualidade de vida.

De acordo com o responsáve­l, a questão do realojamen­to não é um problema que afecta apenas a província de Luanda. “De forma gradual, o Governo vai realojando famílias em zonas mais seguras”.

O director nacional de Gestão Fundiária e Habitação explicou que, além do Ministério das Obras Públicas, existem outros departamen­tos ministeria­is, como o sector da Saúde, Educação, Reinserção Social, que, desde o princípio, estão engajados no processo de realojamen­to das populações que vivem em zonas de risco e/ou em situação de vulnerabil­idade.

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