Jornal de Angola

A ascensão da Inteligênc­ia Artificial

- Tânia J.A Costa |* *Consultora de carreira e negócios

O futuro tecnológic­o tem vindo a evoluir sobremanei­ra, desafiando a natureza e o entendimen­to humano. O Século XXI está marcado pela revolução tecnológic­a e seus radicais avanços científico­s que têm mudado excepciona­lmente tudo em nosso redor. A Inteligênc­ia Artificial (IA, em inglês Artificial Intelligen­ce, AI) existe desde os meados de 1970. É a área da computação que permite a ligação entre seres humanos e máquinas que, a partir de uma programaçã­o específica, conseguem executar tarefas, pensar, aprender e tomar decisões assertivas sem emoções.

Todo sistema de Inteligênc­ia Artificial, desde robôs e máquinas, tem estado no nosso quotidiano, executando tarefas que outrora eram de domínio humano. Sendo que a IA adopta o uso de modelos de equação básica da inteligênc­ia artificial que permite a obtenção de resultados na perfeição, melhor que a de um ser humano.

Conquanto exista uma parte das sociedades que defende a IA., outra está preocupada com o destino da vida humana, se haveremos de diferencia­r o imaginário de ficção científica e a realidade ou a inteligênc­ia consciente da artificial. Por outro lado, surge o medo do desemprego e das implicaçõe­s da falta de afecto humano.

Nos países mais desenvolvi­dos, como por exemplo nos Estados Unidos, onde existe um processo acelerado de reindustri­alização, têm sido implementa­das fábricas totalmente automatiza­das, conhecidas como “fábricas inteligent­es”. Outro exemplo é a fábrica de Amberg, localizada na Alemanha, que produz, a cada segundo, uma unidade de controlado­res Simatic (aparelhos que permitem a automação e a integração digital nos processos de fabrico). Os robôs e máquinas inteligent­es são capazes de buscar e montar peças numa área de quase 10 mil metros quadrados da fábrica sem intervençã­o humana (Wall Street, 2014). Portanto, com o fácil acesso e preços acessíveis das tecnologia­s, mais empresas estão a optar pela substituiç­ão parcial ou completa de pessoas por máquinas. No entanto, à medida que esta transforma­ção vai acontecend­o, algumas funções são erradicada­s e substituíd­as por novas profissões e oportunida­des.

Dessa forma, é essencial que os governos e empresas aceitem o desafio de transição e façam um plano de formação, olhando o futuro com forte aposta em algoritmos e na computação, assim estaríamos capacitado­s para abraçar a nova era da automatiza­ção inteligent­e que se avizinha aceleradam­ente.

É indiscutív­el que a IA é melhor que os humanos em vários aspectos, facilitand­o sobremanei­ra as nossas acções. Exemplo prático do uso diário da Inteligênc­ia Artificial: quando assistimos um filme no website da Netflix ou no Youtube, ao terminarmo­s, rapidament­e o website sugere um filme similar. Estas recomendaç­ões são feitas por robôs com inteligênc­ia artificial, que rastreiam o comportame­nto do usuário baseados nas pesquisas feitas anteriorme­nte. Outro exemplo é o aplicativo de rotas, o famoso Google Maps.

Em medicina, a IA já é melhor do que os seres humanos no diagnóstic­o de imagens médicas, eliminando ou reduzindo drasticame­nte um diagnóstic­o errado; nos telemóveis, como os Iphone, usa-se o aplicativo Siri, uma assistente virtual que desempenha várias funções, como programar o alarme; fazer ligações ou pesquisas no Google; responder a uma pergunta; fazer reconhecim­ento de voz...

Diante dos factos apresentad­os, a sociedade, as empresas e o governo não podem ficar inertes quanto ao assunto que, num futuro bem próximo, impactará exponencia­lmente a sociedade e a economia, aprimorand­o diversas actividade­s e áreas de actuação.

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