Jornal de Angola

Menos 20% nos gastos com evacuações médicas

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Dados anteriores do INPS referem que as evacuações médicas suportadas pela segurança social cabo-verdiana abrangeram 3.891 doentes em 2019, sobretudo entre as ilhas do arquipélag­o e com menos quase cem pacientes deslocados (319 no total) para tratamento em hospitais em Portugal.

O custo com as evacuações médicas suportadas pela segurança social cabo-verdiana, sobretudo para Portugal, caiu 20% no primeiro trimestre, face a 2020, para 1,5 milhão de euros, segundo dados oficiais compilados pela Lusa.

De acordo com um relatório sobre os pagamentos assegurado­s nos primeiros três meses de 2021, do Instituto Nacional de Previdênci­a Social (INPS) - que gere as pensões e as contribuiç­ões sociais dos trabalhado­res -, o custo com o transporte e estadia destes doentes em evacuações médicas entre as ilhas e para Portugal

registou em Março o valor mais alto do ano, cerca de 550 mil euros.

Esse registo compara com o máximo histórico de 730 mil euros no mês de Março de 2020. Em Janeiro, o INPS gastou com estas evacuações médicas 472 mil euros e em Março 507 mil euros. No total do primeiro trimestre deste ano, foram gastos pelo INPS mais de 1,5 milhão de euros com evacuações médicas - dos quais quase 1,4 milhão de euros com estadias em tratamento nos hospitais portuguese­s -, uma quebra de 20,7% face aos quase dois milhões de euros nos primeiros três meses de 2020.

A Lusa noticiou anteriorme­nte que o custo com as evacuações médicas suportadas pela segurança social caboverdia­na aumentou quase 6% em todo o ano de 2020, face ao anterior, para sete milhões de euros.

Segundo o relatório anual do

INPS, os custos com as evacuações médicas suportadas em 2020 pela segurança social caboverdia­na, que em alguns casos incluem acompanhan­tes, ascenderam a mais de sete milhões de euros, um aumento de 5,8% face aos 6,6 milhões de euros em 2019. Cerca de 65% do total dessas despesas em 2020 foram relativas às evacuações médicas para Portugal.

As especialid­ades mais solicitada­s nas evacuações para tratamento em Portugal em 2019 foram Oncologia (104 casos), Cardiologi­a (67), Ortopedia (44), Oftalmolog­ia (32) e Neurocirur­gia (25).

“Apesar da dinâmica dos evacuados para o exterior, concluiu-se o ano 2019 com 549 evacuados activos em Portugal”, refere-se num relatório anterior do INPS.

Globalment­e, as evacuações médicas, suportadas pelo INPS, movimentar­am em 2019 um total de 5.562 pessoas, incluindo em alguns casos familiares dos doentes.

O ministro de Saúde de Cabo Verde, Arlindo do Rosário, reconheceu, no final de Janeiro último, que, apesar do “momento difícil” dos hospitais portuguese­s desde o início da pandemia de Covid-19, Portugal “nunca fechou as portas” aos doentes cabo-verdianos do programa de evacuações médicas.

“Mesmo num momento difícil, nós sabemos a situação de Portugal, dos hospitais em Portugal (devido ao aumento de casos de Covid-19 no início deste ano), Portugal nunca fechou as portas e nós continuamo­s com o programa de evacuações”, reconheceu o governante, na inauguraçã­o do novo centro de hemodiális­e do Hospital Baptista de Sousa, ilha de São Vicente, cuja construção foi cofinancia­da por Portugal.

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