Gbagbo regressa hoje ao país
Antigo Presidente marfinense ainda vai confrontar-se com a Justiça do seu país por ter sido condenado à revelia
O antigo Presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, é esperado hoje à tarde em Abidjan, capital do país, quatro meses depois de ter sido completamente absolvido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) de crimes contra a humanidade e dez anos após se ter ausentado do país para responder perante a Justiça, revelou, ontem , a AFP, citando fontes do Governo marfinense.
Na sua terra Natal, Mama, para onde seguirá depois de aterrar em Abidjan, Gbagbo será aguardado por uma multidão que nos últimos dias se tem atarefado nos preparativos para o acolher.
O TPI confirmou , em Março, que Gbagbo e o seu antigo ministro Charles Ble Goude estavam absolvidos das acusações de envolvimento e responsabilidade pela violência pós-eleitoral que abalou a Costa do Marfim em 2010 e 2011.
Segundo a AFP, que cita uma fonte governamental marfinense, as despesas de viagem de Gbagbo serão cobertas pelos cofres do Estado, garantindo ainda que vão ser tomadas medidas para que tenha direito aos benefícios e subsídios concedidos aos ex-presidentes.
Mas, nem tudo será fácil para Laurent Gbagbo que tem no seu país uma sentença pendente de 20 anos proferida à revelia por um tribunal, em Novembro de 2019, por apropriação indevida de fundos do banco central.
Dois soldados e um polícia mortos em explosão de mina
Pelo menos dois soldados e um polícia da Costa do Marfim morreram, ontem, quando o carro que os transportava accionou uma mina, na região de Tehini, Norte do país, que faz fronteira com o Burkina Faso, revelou o chefe do Estadomaior General das Forças Armadas, citado pela AFP.
A acção aconteceu menos de uma semana depois de um ataque de presumíveis jihadistas contra a localidade de Tougbo, poucos quilómetros da fronteira com o Burkina Faso, e dois dias depois da inauguração da Academia Internacional de combate ao terrorismo (AILCT), em Jacqueville, próximo de Abidjan.
Os últimos ataques no Norte da Côte d’ivoire, junto à fronteira com o Burkina Faso, remonta a 29 de Março, quando rebeldes investiram contra duas posições das Forças Armadas, em Kafolo e Koloubougo, matando seis soldados e três terroristas.