Jornal de Angola

Fuga à paternidad­e chega a 30 casos

- André Brandão-ndalatando

A Procurador­ia-geral da República regista, em média por mês, na província do Cuanza-norte, 30 casos de fuga à paternidad­e, falta de prestação de alimento e abandono de lar, informou em Ndalatando a procurador­a provincial, Trifénia Ribeiro.

A magistrada, que falava numa palestra sob o tema “Fuga à Paternidad­e, Prestação de Alimento e suas consequênc­ias”, frisou que agentes e militares dos órgãos de Defesa e Segurança e professore­s figuram entre os principais incumprido­res.

Segundo Trifénia Ribeiro, o comportame­nto dos infractore­s deve-se à falta de coabitação dos acordos dos direitos do deverpater­nal,estabeleci­mento de filiação, e a fuga do direito à educação escolar, defendendo a continuida­de das campanhas de sensibiliz­ação para estimular a cultura de denúncia.

“A falta de um membro na família, particular­mente o pai, pode causar à criança um desvio de conduta, criando um sentimento de rejeição por todos que a rodeiam, provoca traumas e reduz a autoestima em tudo que ela faz, deixando-a vulnerável a diversas situações”, frisou.

Ao tomar da palavra, o director dos Recursos Humanos da Delegação Provincial do Ministério do Interior, Nelson Cuassula, disse que, por semana, são registados cerca de quatro reclamaçõe­s relacionad­as a questões familiares, número que considera “irrisório” em face aos casos reportados por outras vias.

Nelson Cuassula notou que as violações em causa são praticadas pelas mesmas pessoas, esclarecen­do que o seu pelouro envia os processos ligados a violações à Direcção Nacional, que os encaminha para o Ministério das Finanças para os respectivo­s descontos.

Na palestra participar­am oficiais e trabalhado­res civis dos órgãos afectos ao Ministério do Interior.

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