Jornal de Angola

1º de Agosto mantém sonho apesar do desaire no clássico

Campeões do Girabola preparam próximas jornadas como seis finais mesmo a depender de terceiros na disputa do título

- Honorato Silva

A recuperar do choque da derrota por 0-3, frente ao arqui-rival Petro de Luanda, no jogo 81 do clássico dos clássicos do futebol angolano, o 1º de Agosto procura manter intacto o sonho do “penta”, apesar de depender de terceiros na corrida à conquista do título.

Subalterni­zados na tabela classifica­tiva, pelo Petro de Luanda e Sagrada Esperança, os militares do Rio Seco, às ordens do português Paulo Duarte, preparam o que resta disputar no Girabola como autênticas finais, a partir do final de semana, diante do Recreativo do Libolo, para a 25ª jornada.

A falta de eficácia no ataque, fraqueza revelada há vários jogos, que sábado marcou a diferença no frente-a-frente com o rival directo, tem merecido atenção redobrada na preparação dos tetracampe­ões. Exercícios de finalizaçã­o têm dominado as sessões, sobretudo os cruzamento­s para finalizaçã­o e remates à entrada da área.

Os avançados Mabululu, Melono Dala e Bito saíram do desafio com os tricolores censurados pelo festival de desperdíci­o de situações de golo. A equipa técnica tem colocado os jogadores a repetir os remates à baliza, de modo a apurar a capacidade de concretiza­ção do trio de ataque disponível, enquanto o médico Virgílio Paez continua a trabalhar na recuperaçã­o de Zine, utilizado a meio-gás na última partida.

Seis jogos decisivos

A conquista do título deixou de ser, com a derrota de sábado, um objectivo controlado pelos rubro e negros, terceiros, 51 pontos. Agora dependem dos resultados do Petro de Luanda, primeiro, 54, e Sagrada Esperança, segundo, 52, situação que nas hostes do clube presidido por Carlos Hendrick da Silva está longe de matar o sonho da quinta consagraçã­o consecutiv­a.

A recuperaçã­o do atraso na tabela leva o 1º de Agosto a perseguir o pleno nas deslocaçõe­s ao reduto da Académica do Lobito, na 26ª jornada, e ao terreno do Sporting de Cabinda, na ronda 28, exigência extensiva aos jogos em casa diante do Recreativo do Libolo (25ª), Baixa de Cassanje (27ª), Santa Rita de Cássia (29ª) e Ferrovia do Huambo (30ª).

O sucesso dos militares depende também de desperdíci­os dos concorrent­es, nomeadamen­te do Petro, por ter jogos com equipas aflitas na disputa da permanênci­a na prova. Em relação aos lundas, fica no ar a interrogaç­ão quanto ao desfecho do “Caso Vingumba”, que implicou a retirada de 16 pontos ao Ferrovia, cujo recurso à decisão do Conselho de Disciplina da Federação aguarda, há quase dois meses, da resposta do Conselho Jurisdicio­nal.

Segundo nos candidatos

No campeonato a três, entre os candidatos ao título, os pupilos de Duarte, técnico que no final da época vai assumir o comando da selecção do Togo, estão na segunda posição, com apenas 4 pontos, em 12 possíveis, fruto do triunfo (1-0) sobre os petrolífer­os e o empate (0-0), na recepção aos diamantífe­ros. A diferença de golos, fixada em dois marcados e cinco sofridos, dá corpo à safra nivelada por baixo da formação do antigo RI-20.

Entre os adeptos rubro e negros, ganha espaço o argumento de que o clube é avesso àliderança­detreinado­resoriundo­s do futebol português, depois das experiênci­as com Carlos Manuel, Victor Manuel, Ljubinko Drulovic e Daúto Faquirá. O regresso à escola do Leste europeu, bem-sucedida com Dusan Kondic, Dragan Jovic e Zoran Maki, parece ser a aposta para os próximos anos.

O melhor desempenho na disputa directa entre os integrante­s do trio da frente pertence ao Sagrada Esperança, ao totalizar sete dos nove pontos, com três golos marcados e um sofrido, ao passo que o Petro está no terceiro lugar, com três pontos que podem ser seis, em caso de triunfo na partida entre ambos, na última jornada.

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CEDIDA Militares continuam a esboçar no França Ndalu estratégia­s para materializ­ar o objectivo

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