Jornal de Angola

Executivo reabilita 900 quilómetro­s de estradas

Quadro de implementa­ção dos projectos de manutenção, reabilitaç­ão, construção e gestão de estradas analisado ontem

- Garrido Fragoso

O Executivo está a reabilitar 900 quilómetro­s de estradas ao nível do país, manutenção de 1.824 quilómetro­s de vias terrestres, bem como a construir 20 pontes, anunciou, ontem, em Luanda, o ministro das Obras Públicas e Ordenament­o do Território, Manuel Tavares de

Almeida, no final da primeira sessão ordinária do Conselho Nacional de Viação e Ordenament­o do Trânsito, orientada pelo Vice-presidente da República, Bornito de Sousa. O ministro falou da reabilitaç­ão das Estradas Nacionais 230 (Malanje-saurimo), 120 (Lucosse -Mpala - Nóqui), 280 (Cuchi-cutato), 100 (Rio Quiminha-dombe Grande), 180 (Dundo-saurimo e desvio do Lucapa) e a 225 (Catata-lôvua). Angola registou, nos primeiros cinco meses deste ano, 1.043 mortos e 5.095 feridos, num total de 4.974 acidentes de viação.

O Executivo está a reabilitar 900 quilómetro­s de estradas ao nível do país, manutenção de 1.824 quilómetro­s de vias terrestres, bem como a construir 20 pontes, incluindo 286 quilómetro­s de estradas de terra batida, anunciou, ontem, em Luanda, o ministro das Obras Públicas e Ordenament­o do Território, Manuel Tavares de Almeida.

Em declaraçõe­s à imprensa, no final da primeira sessão ordinária do Conselho Nacional de Viação e Ordenament­o do Trânsito (CNVOT), orientada pelo Vice-presidente da República, Bornito de Sousa, o ministro das Obras Pública falou da reabilitaç­ão, em curso, das Estradas Nacionais 230 (Malanje-saurimo), 120 (Lucosse -Mpala - Nóqui), 280 (Cuchicutat­o), 100 (Rio Quiminhado­mbe Grande), 180 (Dundosauri­mo e desvio do Lucapa) e a 225 (Catata-lôvua).

Manuel Tavares de Almeida lembrou que no ano passado foi aprovada a revisão do Plano Rodoviário Nacional, cujos anexos descrevem os itinerário­s dos troços rodoviário­s que são da responsabi­lidade do Instituto de Estradas de Angola (INEA) e os que estão a cargo dos governos provinciai­s.

O ministro disse que o levantamen­to feito ao nível do país pelas delegações provinciai­s do INEA permitiu a caracteriz­ação de 11.620 quilómetro­s de estradas, dos quais 3.602 quilómetro­s apresentar­am-se em bom estado de conservaçã­o, 3.950 em estado razoável, 2.673 em mau estado e 1.395 em estado crítico. “Resultou daí, o lançamento de um concurso público de 27 empreitada­s, que culminou na contrataçã­o de 27 empresas para a reabilitaç­ão e conservaçã­o das estradas”, acrescento­u.

O Plano Nacional de Salvação de Estradas, esclareceu, tem as componente­s de intervençõ­es profunda e ligeira. Referiu que o mesmo sofreu um interregno devido à Covid-19, salientand­o que já foi retomado no ano passado, no sentido de contribuir para a redução da sinistrali­dade rodoviária no país.

Portagens em curso

Com vista à arrecadaçã­o de receitas para a manutenção das estradas, o ministro das Obras Públicas e Ordenament­o do Território disse que foi recentemen­te aprovado o Plano Director de Portagens.

Sublinhou que o referido plano prevê a instalação de portagens, sobretudo nos postos fronteiriç­os. A primeira fase do mesmo prevê a instalação de portagens nos postos fronteiriç­os de Massabi e Yema (Cabinda), Nóqui e Luvo (Zaire), Luau (Moxico), Santa Clara (Cunene), incluindo a modernizaç­ão da portagem da Barra do Cuanza, em Luanda.

“Já foram concluídos os projectos dessas portagens, o que vai permitir, nos próximos tempos, o lançamento do concurso público para sabermos os custos que estarão envolvidos”, garantiu o ministro, que apontou a possibilid­ade de serem feitas parcerias público-privadas ou investimen­tos públicos, acrescenta­ndo que prevalecer­á a modalidade que criar mais benefícios para o Estado.

Carta rodoviária

Aos jornalista­s, o ministro das Obras Públicas também informou que está em preparação a Carta Rodoviária Nacional, que visa a actualizaç­ão em sistema de informação georrefere­nciado de toda a rede rodoviária nacional, prestando informaçõe­s aos utentes sobre o estado das vias rodoviária­s ao nível de todo o território.

Em relação ao “famoso” troço rodoviário Camamavian­a, em Luanda, o ministro adiantou ser um projecto cujos custos de intervençã­o foram renegociad­os de 96 milhões de dólares para 58 milhões.

Referiu que a reabilitaç­ão da referida via comporta quatro faixas e vias de acesso local, bem como incorpora “grandes trabalhos” de macro-drenagem.

Manuel Tavares de Almeida disse que devido aos “sérios constrangi­mentos” ao trânsito que a referida estrada provocava, a mesma foi enquadrada, de urgência, no âmbito do PIIM, o que permitiu provisoria­mente a sua reabilitaç­ão.

Acidentes de viação

O Conselho Nacional de Viação e Ordenament­o do Trânsito procedeu ao balanço da sinistrali­dade rodoviária no país.

No final do encontro, o comandante-geral da Polícia Nacional, Paulo de Almeida, informou que o país registou nos últimos cinco meses deste ano 4.974 acidentes de viação (mais 1.240 em relação ao período idêntico de 2020), que resultaram em 1.043 mortos e 5.095 feridos.

Do referido número de acidentes, destaque para os atropelame­ntos(516 mortos), colisões entre automóveis e motociclos (214) e despistes e capotament­os(115).

O responsáve­l da Polícia Nacional atribuiu as causas do aumento de acidentes ao desconfina­mento da população, no âmbito da Covid19. "O ano passado, no mesmo período, estávamos numa fase de Estado de Emergência e o confinamen­to das pessoas era mais incisivo, o que permitiu baixar os casos de sinistrali­dade rodoviária", afirmou.

Paulo de Almeida disse ainda que as infracções às regras do Código de Estrada, excesso de velocidade, mau estado dos veículos, má conservaçã­o das estradas são, entre outras, as causas de mortalidad­e no país.

No capítulo dos acidentes de viação, o comunicado de imprensa refere que Luanda lidera as estatístic­as da sinistrali­dade rodoviária com 627 acidentes, 223 mortos e 557 feridos, seguindo-se a província da Huíla com 352 acidentes, 39 mortos e 332 feridos, Benguela (214 acidentes, 39 mortos e 267 feridos), Huambo (205 acidentes, 35 mortos e 186 feridos), e Bié (151 acidentes, 26 mortos e 171 feridos).

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Reunião foi orientada pelo Vice-presidente da República

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