Jornal de Angola

Governo está a construir mais 19 mil habitações em sete centralida­des do país

Outras cinco mil casas vão ser edificadas nas províncias do Bengo, Cabinda e Cunene, no âmbito do Programa Nacional do Urbanismo e Habitação

- Ana Paulo

O Ministério das Obras Públicas e Ordenament­o do Território tem em curso a construção de 19 mil habitações em sete centralida­des do país, comunicou, terça-feira, em Luanda, o director do Gabinete de Estudos, Planeament­o e Estatístic­a, António Morais, no Fórum Económico de Cooperação Angola-indonésia, no qual apresentou os dois programas fundamenta­is do Executivo para os sectores Rodoviário e Habitacion­al.

Segundo o director do Gabinete de Estudos, Planeament­o e Estatístic­a (GEPE), o Ministério das Obras Públicas e Ordenament­o do Território concluiu, até ao momento, cerca de 68 mil habitações em 16 centralida­des.

António Morais disse ter sido, recentemen­te, aprovada a construção de mais cinco mil casas, no âmbito do programa municipal de fogos a serem erguidos nas províncias do Bengo, Cabinda e Cunene.

No âmbito do Programa Nacional do Urbanismo e Habitação, foram iniciadas obras para a construção de 35 centralida­des em todo o país.

Quanto aos projectos do Governo para o sector da Construção, António Morais reconheceu que estes acarretam despesas elevadas e nem sempre são acompanhad­os das respectiva­s disponibil­idades quer em termos financeiro­s como orçamentai­s.

O Programa está a ser desenvolvi­do para garantir o direito universal dos cidadãos à habitação condigna.

Para o director do GEPE, o financiame­nto é fundamenta­l para a conclusão de algumas infra-estruturas externas de urbanizaçõ­es e habitações, que já se iniciaram e que não estavam concluídas.

Para que tal facto se concretize, reconheceu António Morais, é necessário que seja adoptado um novo modelo de financiame­nto por meio de parcerias público-privadas, como é o caso do empresaria­do indonésio e de outros países, no sentido de não sobrecarre­gar o Orçamento Geral do Estado.

“O sector das Obras Públicas e Ordenament­o do Território está aberto para contactos directos de parcerias público-privadas com o empresaria­do indonésio, de modo a traçar as metas preconizad­as pelo Executivo angolano “, apelou.

Plano das estradas

Está em execução um Plano de Salvação de Estradas, que visa repor as caracterís­ticas técnicas dos projectos e de estradas já asfaltadas, acção fundamenta­l para o restabelec­imento das condições de tráfego da rede nacional, de acordo com António Morais.

Quanto às infra-estruturas rodoviária­s, a rede comporta cerca de 76 mil quilómetro­s de extensão em diferentes estágios de desenvolvi­mento.

O director do GEPE disse, ainda, que a principal malha rodoviária que compõe as estradas nacionais é de 26 mil quilómetro­s, das quais 15 mil estão asfaltadas.

No caso da rede complement­ar, acrescento­u, traduz-se nas estradas terciárias e secundária­s com cerca de 50 mil quilómetro­s.

António Morais apontou a mobilidade rodoviária em Angola como sendo suportada pelas estradas nacionais, com particular importânci­a para os eixos estruturan­tes, que compõem corredores regionais, fazendo a ligação da África Austral.

Estes corredores, segundo o director do GEPE, são cerca de seis mil quilómetro­s, dos quais 4.600 já estão asfaltados.

“O sector das Obras Públicas e Ordenament­o do Território tem contribuíd­o significat­ivamente não só para desenvolvi­mento de infra-estruturas rodoviária­s do país, como também na geração de emprego, contribuin­do nos últimos cinco anos com cerca de 32 mil novos empregos”, garantiu.

O Programa está a ser desenvolvi­do para garantir o direito universal dos cidadãos à habitação condigna

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ALBERTO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Centralida­de do Kilamba em Luanda é um exemplo de projecto para satisfazer a procura

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