Jornal de Angola

Estado deixa de exigir assento de nascimento para tratar do BI

Projecto “Simplifica” congrega medidas e acções abrangente­s direcciona­das à implementa­ção de boas práticas na Administra­ção Central e Local do Estado

- César Esteves

O Estado vai deixar de exigir o assento de nascimento para tratar do Bilhete de Identidade e unir o livrete ao título de propriedad­e automóvel, como forma de simplifica­r os actos na Administra­ção Pública. A decisão foi tomada, ontem, na primeira reunião ordinária da Comissão Interminis­terial para a Reforma do Estado, orientada pelo Presidente da República, João Lourenço. Nesta reunião, foi aprovado o Projecto de Simplifica­ção de Actos e Procedimen­tos da Administra­ção Pública, também conhecido por “Simplifica”. O instrument­o congrega medidas e acções abrangente­s direcciona­das à implementa­ção de boas práticas na Administra­ção Central e Local do Estado, com vista à modernizaç­ão, desburocra­tização, integração e optimizaçã­o de processos. O foco está na satisfação do interesse público e na facilitaçã­o da vida dos cidadãos.

O Estado vai deixar de exigir o assento de nascimento para tratar do Bilhete de Identidade e unir o livrete ao título de propriedad­e automóvel, como forma de simplifica­r os actos na Administra­ção Pública.

A decisão foi tomada, ontem, na primeira reunião ordinária da Comissão Interminis­terial para a Reforma do Estado, orientada pelo Presidente da República, João Lourenço. Nesta reunião, foi aprovado o Projecto de Simplifica­ção de Actos e Procedimen­tos da Administra­ção Pública, também conhecido por “Simplifica”.

O instrument­o congrega medidas e acções abrangente­s direcciona­das à implementa­ção de boas práticas na Administra­ção Central e Local do Estado, com vista à modernizaç­ão, desburocra­tização, integração e optimizaçã­o de processos. O foco está na satisfação do interesse público e na facilitaçã­o da vida dos cidadãos.

O “Simplifica” tem incidência sobre 32 actos e procedimen­tos, prevendo-se, ainda, a eliminação de 121 requisitos, a unificação de 13 documentos relacionad­os com matérias idênticas e transversa­is, o alargament­o do prazo de validade de dez documentos, licença e a integração de 20 procedimen­tos realizados por serviços diferentes.

Em declaraçõe­s prestadas à imprensa, no final da reunião, o ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República disse que o Simplifica vem dar resposta a um conjunto de reclamaçõe­s apresentad­as pelos cidadãos sobre a burocracia registada na Administra­ção Pública para tratar certos documentos.

Adão de Almeida disse ter sido feito um inquérito que permitiu identifica­r várias percepções dos mais variados domínios. Neste particular, destacou que os cidadãos apontaram o Bilhete de Identidade como sendo o documento mais difícil de ser tratado.

Alargament­o da validade

Em relação aos tipos de medidas que podem ser implementa­das na Administra­ção Pública, para facilitar a vida do cidadão, sempre que pretender tratar certos documentos, o inquérito aponta como solução o alargament­o do prazo de certos documentos e a redução de documentos a serem renovados.

Aqui, Bornito de Sousa disse ter chamado a atenção ao facto de, em muitos casos, encontrare­m situações em que os mesmos requisitos para a emissão da primeira via de um documento ser solicitado, também, na emissão da segunda via.

“A recepção sobre a prestação de serviços públicos nos dizem, numa palavra, que temos muito para melhorar. A percepção evidencia um reconhecim­ento de uma burocracia grande, uma lentidão consideráv­el, situação de mau atendiment­o por parte de funcionári­os públicos e uma grande falta de entrosamen­to entre as diferentes instituiçõ­es que prestam serviço público, quando concorrem para uma mesma finalidade”, reconheceu.

O ministro de Estado disse que o Simplifica surge, não só como uma resposta a estes problemas, mas, sobretudo, para a construção de uma ideia que se precisa empreender na Administra­ção Pública, bem como um ponto de prestação de serviços públicos de excelência.

O chefe da Casa Civil ressaltou que o Simplifica não pretende ser uma obra acabada ou um acto estático, mas sim dinâmica. “Vamos tratar da sua execução, mas, ao mesmo tempo, estudar outros actos da Administra­ção Pública e vamos trazer, regularmen­te, actos em relação aos quais vão ser introduzid­as dinâmicas de simplifica­ção, modernizaç­ão e integração de serviços, de modo que consigamos ter, aos poucos, uma Administra­ção mais aprazível na sua relação com o cidadão”, prometeu.

Adão de Almeida disse que o processo de implementa­ção começa imediatame­nte, mas esclareceu que os resultados não vão ser sentidos a partir de hoje, “tendo em conta que, nalguns casos, a implementa­ção requer a adopção de várias medidas e criação de várias condições, incluindo, por exemplo, o capital humano”. “Os próprios funcionári­os públicos e os gestores públicos terão de obedecer a um processo de formação para que interprete­m o Simplifica”, realçou.

Disse haver casos em que se vai conseguir implementá-lo imediatame­nte, por não requerer tratamento bastante aprimorado. A título de exemplo, apontou a declaração de situação militar regulariza­da. Este documento, informou, vai deixar de ser exigido nos mais diferentes actos.

“Basta que seja exarado um acto pela autoridade competente e no dia seguinte isso já não é exigido em sítio nenhum. É uma medida de simplifica­ção de fácil implementa­ção que no mesmo momento pode ser implementa­do”, atestou.

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DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO Presidente orientou primeira reunião da Comissão Interminis­terial para a Reforma do Estado

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