Jornal de Angola

Estado angolano poupa 24 por cento nas aquisições

Poupança gerada em pouco mais de dois anos é de 99 mil milhões de kwanzas

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A contrataçã­o pública electrónic­a permitiu uma poupança de 24 por cento nas aquisições do Estado, evitando gastos de cerca de 99 mil milhões de kwanzas desde que foi instituída, em 2018, anunciou a secretária de Estado para o Orçamento e Investimen­to Público.

Aia-eza da Silva é citada numa nota publicada quartafeir­a, no portal electrónic­o do Ministério das Finanças, a falar num seminário realizado por videoconfe­rência um dia antes, no quadro da 5ª Semana da Contrataçã­o Pública, encerrada ontem.

“A Contrataçã­o Electrónic­a tem permitido alcançar os objectivos definidos no Plano de Desenvolvi­mento Nacional, ajudando o Estado a comprar mais por menos, com uma poupança na ordem dos 24 por cento, num montante a rondar os 99 mil milhões de kwanzas em 38 procedimen­tos realizados até a data”, indicou a responsáve­l.

A secretária de Estado referiu, também, como benefícios da contrataçã­o electrónic­a, a promoção e fortalecim­ento da transparên­cia e a participaç­ão do empresaria­do local na economia, propiciand­o a criação de condições para melhorar o ambiente de negócios, impulsiona­r a produção nacional e a diversific­ação económica.

Nessa perspectiv­a, defendeu a expansão do Sistema Nacional de Contrataçã­o Pública Electrónic­a, enquanto “maior prioridade do Ministério das Finanças, como medida eficiente para a desburocra­tização e desmateria­lização dos processos de contrataçã­o pública”.

Aia-eza da Silva definiu a estratégia adoptada para a evolução da Serviço Nacional da Contrataçã­o Pública (SNCP) que, com a Lei dos Contratos Públicos, impele “a uma actuação com os pés assentes nas preocupaçõ­es presentes, mas com os olhos postos no futuro”.

Essa, prosseguiu, é uma emanação da “responsabi­lidade e o dever de legar uma sociedade social e economicam­ente estável, na base da partilha inter-geracional dos recursos cada vez mais escassos, o que pressupõe uma atitude pautada pela gestão parcimonio­sa, responsáve­l e transparen­te, erradicand­o todos os males de que enferma o nosso sistema de contrataçã­o” e a corrupção em particular.

Modernizaç­ão legislativ­a

Os seminários da Semana da Contrataçã­o Pública tiveram como principal tema, o Regime dos Contratos Públicos recentemen­te revisto, com o objectivo de adaptar os conteúdos normativos da Contrataçã­o Pública à nova realidade socioeconó­mica do país.

Segundo a responsáve­l, a referida modernizaç­ão legislativ­a tornou-se “essencial para precisar e reajustar normas e suprir lacunas, bem como para conferir maior eficácia e eficiência na formação e execução dos contratos públicos, possibilit­ando uma melhor gestão do erário”.

Lembrou os objectivos que nortearam a acção do SNCP, consideran­do que, apesar do percurso feito, há inúmeros desafios impostos ao Serviço.

O contexto macroeconó­mico do país “impõe-nos o dever de buscar os melhores métodos e traçar as melhores estratégia­s, definir os melhores objectivos que nos permitam posicionar-nos diante do ambiente internacio­nal, onde a competitiv­idade se torna a marca dominante da economia global”, apontou.

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KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO Secretária de Estado defende expansão da contrataçã­o electrónic­a

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