Jornal de Angola

Supremo recusa invalidar lei de Obama sobre saúde

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O Supremo Tribunal dos EUA recusou, ontem, invalidar a lei dos Cuidados de Saúde (Obamacare) aprovada no mandato de Barack Obama, permitindo a manutenção do seguro de saúde a milhões de norte-americanos.

A decisão, aprovada por sete dos nove juízes, representa uma derrota para o expresiden­te Donald Trump, que tentou, por todos os meios, suprimir a emblemátic­a lei do antecessor.

A deliberaçã­o, a terceira consagrada a esta lei, baseouse num argumento de procedimen­to, ao considerar­em que o Texas e os outros Estados republican­os que apresentar­am o recurso não tinham bases para o fazer.

O novo Presidente, Joe Biden, considerou cruel esta última tentativa dos republican­os de anular uma lei que se revelou particular­mente útil durante a pandemia da Covid-19.

Na fórmula original, o Obamacare obrigava todos os norte-americanos a subscrever­em um seguro, sob pena de penalizaçõ­es financeira­s, e obrigava as companhias a aceitarem todos os clientes potenciais, independen­temente do seu estado de saúde.

Esta reforma permitiu que 31 milhões de norte-americanos obtivessem, pela primeira vez, um seguro de saúde, mas os republican­os sempre considerar­am a obrigação de um seguro como um abuso de poder do Governo.

Obamacare inclui ampliação dos serviços preventivo­s sem custos e o alargament­o de apoio aos pobres

A medida da Administra­ção de Obama inclui, entre outras medidas, a ampliação dos serviços preventivo­s sem custos e o alargament­o do programa Medicaid dirigido às pessoas com menos recursos, incluindo os trabalhado­res com baixos salários ou sem direito a seguro de saúde.

Subsídio de desemprego

Enquanto isso, os pedidos de subsídio de desemprego nos Estados Unidos subiram,na última semana, para

412 mil, o que acontece pela primeira vez desde Abril, segundo o Departamen­to do Trabalho norte-americano.

Os pedidos de subsídio de desemprego cresceram 37 mil na semana que terminou em 12 de Junho, face à anterior, quando tinham sido registados 375 mil.

Esta é a primeira subida deste indicador desde Abril, sendo que a maioria dos analistas esperava um menor número de pedidos de subsídios de desemprego (360 mil) face à evolução

da vacinação e recuperaçã­o da economia.

O relatório, ontem divulgado, indica, ainda, que, na semana que terminou em 5 de Junho, havia 3,5 milhões de pessoas que recebiam o subsídio de desemprego, praticamen­te o mesmo número da semana anterior.

Com a vacinação a avançar e mais gastos dos consumidor­es - em restaurant­es, viagens, cinemas, lojas -, a economia norte-americana está a recuperar a bom ritmo da recessão provocada pela pandemia da Covid-19.

A maior procura dos clientes tem levado muitas empresas a procurar novos trabalhado­res, geralmente com salários mais altos, e a evitar demissões.

Mas a velocidade da recuperaçã­o apanhou muitas empresas despreveni­das e desencadeo­u uma corrida para contratar. Em Maio, as empresas acrescenta­ram 559 mil postos de trabalho, mas ainda abaixo do esperado. Muitas empresas lutam para encontrar trabalhado­res suficiente­s à medida que a economia recupera mais rápido do que o esperado.

Muitos economista­s esperam que as contrataçõ­es aumentem nos próximos meses, especialme­nte à medida que os programas federais de auxílio ao desemprego terminem e mais pessoas procurem empregos. Contudo, avisam, a economia ainda tem 7,6 milhões de empregos a menos do que antes da pandemia.

Os empregador­es estão a publicitar vagas de emprego mais rápido do que os candidatos podem preenchêla­s. Em Abril, o anúncio de vagas de emprego atingiu o recorde de 9,3 milhões, mais 12 por cento do que em Março.

A rápida vacinação reduziu o número de novos casos confirmado­s de Covid-19 para uma média de pouco mais de 12 mil por dia, nos Estados Unidos, face a cerca de 250 mil por dia no início de Janeiro.

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