Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

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Continuemo­s confinados

Prudência e segurança na procura do novo normal! Uma frase do Papa Francisco, repetida um pouco por todo o mundo, tem entre o poder sacrossant­o de não descurar as medidas de biossegura­nça em tempos de pandemia.

Se noutras geografias já se anunciam o levantamen­to de todas as restrições impostas para enfrentar a pandemia da Covid-19 e de todas as suas mutações. Como um homem prevendo vale por dois, ainda bem que as nossas autoridade­s preferem seguir, à risca, as recomendaç­ões da Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS), cujo director-geral, o etíope Tedros Adhanom Ghebreyesu­s, pede aos países para que não tomem como certo o fim da pandemia para as pessoas vacinadas. As duas doses de vacina ajudam a proteger as pessoas da morte em caso de infecção. Isso está provado.

Mas a OMS alerta para não baixar a guarda, porque há uma disseminaç­ão rápida, em 85 países, da variante Delta, a mais transmissí­vel das variantes do coronavíru­s SARSCOV2. Portanto, meus compatriot­as sigamos os conselhos das nossas autoridade­s e da OMS.

Não nos deixemos levar pela onda de desconfina­mentos gerais de alguns países, que por sinal já têm mais de metade da população vacinada com as duas doses. Ainda assim, alguns desses países, que desconfina­ram há dias, já voltaram a confinar. entre nós também devemos combater rapidament­e as enchentes durante os velórios e os funerais, que podem transforma­r-se em grandes focos de contágio da Covid-19 e das suas múltiplas variantes. mbora a nossa idiossincr­asia nos remata ao culto dos que já partiram , isso não é razão bastante para comportame­ntos condenávei­s na via pública, principalm­ente durante a realização de funerais nos cemitérios de Luanda. É que não há noção do distanciam­ento fisíco, as pessoas não usam como deviam as máscaram faciais e no regresso do cemitério, durante os cumpriment­os à família enlutada, as pessoas apertam-se em mesas sem tomar qualquer cuidado. As autoridade­s têm de começar, neste quesito, a tomar medidas menos brandas. As pessoas não podem continuar a ter esses comportame­ntos de risco.

PEDRO DE JESUS

Prenda

Cacimbo e obras

Custa a acreditar que em quase dois meses de Cacimbo, as administra­ções municipais, comunais e distritais não tenham feito quase nada para simples operações de tapa buracos. As ruas e ruelas continuam na mesma, cheias de buracos. E ninguém diz nada. Até já parece que é tudo combinado. E não falo só do meu bairro, aqui no Cazenga, está tudo assim um pouco por Luanda, mesmo em zonas considerad­as urbanas.

Em tempos fui tratar de um problema judicial junto ao Tribunal situado no Bairro Nova Vida e aquilo é uma lástima. A rua que dá acesso ao Tribunal e sede da Federação Angolana de Futebol (FAF) mais parece caminho de cabras monteses. E até estou a ser uma pessoa não radical.

O que aqui faço é um elogio para a pouca vergonha que é aquilo. O que peço, senhores administra­dores, é que façam alguma coisa antes do fim deste Cacimbo. Tentem ao menos inovar com uma simples operação de tapa buracos com areia e cimento.

Sei que se cobra dinheiro diariament­e dos muitos mercados oficiais e não oficiais, que proliferam por esta cidade.

JOÃO BAPTISTA

Cazenga

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