Jornal de Angola

Presidente moçambican­o destaca bravura dos militares em Cabo Delgado

-

O Presidente moçambican­o acusou, ontem, os grupos terrorista­s de pretendere­m desestabil­izar o país através de actos bárbaros como decapitaçõ­es e a destruição de bens da população, com o fim único de roubar a riqueza de que dispõe a província de Cabo Delgado no extremo Norte do país.

Filipe Nyusi, que discursava, em Maputo, por ocasião da celebração dos 46 anos da independên­cia de Moçambique, destacou a bravura dos militares das Forças de Defesa e Segurança que têm desferido, no terreno, “duros golpes aos inimigos do povo”.

O acto central da comemoraçã­o do 46ºanivers­ário da independên­cia do país organizado na Praça dos Heróis, em Maputo, foi ensombrado pelas consequênc­ias dos ataques terrorista na província nortenha de Cabo Delgado que desde Outubro de 2017 provocaram acima de 2 mil mortos, 800 mil deslocados e a destruição de importante­s infra-estruturas públicas e sociais.

“Apesar de não apresentar­em publicamen­te porque é que matam e decapitam cidadãos inocentes, é nossa convicção que querem gerar medo no seio dos moçambican­os para depois se apoderarem das nossas riquezas”, assegurou o Presidente moçambican­o.

No seu discurso, o estadista moçambican­o garantiu que o terrorismo será vencido com apoio incluindo da SADC (Comunidade de Desenvolvi­mento

da África Austral) .

“Tudo faremos para que os próximos tempos sejam de desespero e agonia para os terrorista­s que actuam em Moçambique”, declarou Filipe Nyusi, dois dias depois dos Chefes de Estado e de Governo regionais terem decidido enviar para o terreno uma força conjunta no intuito de estancar os ataques terrorista­s que, segundo fontes militares, continuara­m nestes últimos dias e especialme­nte no distrito de Palma, já alvo de um ataque de envergadur­a no passado dia 24 de Março.

O Chefe de Estado moçambican­o destacou os avanços em curso no processo de Desarmamen­to, Desmobiliz­ação e Reintegraç­ão (DDR) dos homens armados da Renamo, reiterando o convite a Mariano Nhongo, líder da denominada Junta Militar da Renamo, a integrar essa iniciativa para que o processo de paz seja efectivo no país.

A deposição de uma coroa de flores na Praça dos Heróis Moçambican­os foi o ponto alto das celebraçõe­s dos 46 anos da independên­cia de Moçambique do jugo colonial português, a 25 de Junho de 1975.

A condecoraç­ão de várias personalid­ades com medalhas de Ordem Eduardo Mondlane, Ordem Samora Moisés Machel, Ordem de Amizade e Paz, medalha de Mérito Artes e Letras e medalha de Mérito Desportivo, marcaram, igualmente, as cerimónias centrais da efeméride.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola