Tragédia humana e calamidade económica
executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI) disse que a Covid-19 em África é uma “tragédia humana e uma calamidade económica”, defendendo o reforço do apoio para a região com o crescimento mais rápido da pandemia.
“África está agora a enfrentar a mais rápida taxa de crescimento mundial de novos casos de Covid-19, com uma trajectória exponencial ainda mais alarmante do que durante a segunda vaga, em Janeiro, e, segundo a tendência actual, esta vaga vai provavelmente ultrapassar os picos anteriores durante a próxima semana”, afirmou Kristalina Georgieva, na sua intervenção nos Encontros Anuais do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
“É uma tragédia humana e uma calamidade económica”, disse a responsável, exemplificando que “vários países no continente, desde a África do Sul ao Uganda ou Ruanda, foram obrigados a reintroduzir restrições, piorando ainda mais uma recuperação já de si precária, num contexto em que África está mal protegida, devido a uma severa falta de vacinas, já que só 0,6% da população adulta africana foi completamente vacinada”.
Para Georgieva, “os sinais de alarme são claros, e mostram uma pandemia a duas velocidades, que leva a uma recuperação a duas velocidades, com África a ficar para trás em termos de perspectivas de crescimento económico”.