O degelo
mais visível do aquecimento global nas regiões polares é o degelo. De acordo com as pesquisas, o Oceano Ártico teve a sua área reduzida em 14 por cento. A camada de gelo tornou-se 40 por cento mais fina. No Polo Sul, onde as médias de temperatura subiram 2,5 graus centígrados desde 1940, a Antártida perdeu três mil quilómetros quadrados de extensão.
A água proveniente do gelo das calotas do Ártico e da Antártica, uma fluirá para os oceanos, que vai contribuir para a elevação do nível do mar. Cerca de 200 milhões de pessoas serão afectados e que 60 por cento da população residente em áreas costeiras terão de migrar para outras regiões.
Estudos apontam que, nos Alpes, a cadeia montanhosa mais alta e mais extensa da Europa, que vai desde a Áustria, Eslovénia e Hungria, a Leste, Norte da Itália, Suíça, Liechenstein e sul da Alemanha, até ao sudeste da França e Mónaco, cujo ponto mais alto é o Monte
Branco (4.810,45m de altura), viu as suas geleiras recuarem cerca 35 por cento. Já o Monte Kilimanjaro, no norte da Tanzânia, junto à fronteira com o Quénia, cujo Pico Uhuru, com uma altura de 5.895m, é o ponto mais alto de África, perderá toda a sua de neve em 20 anos.
Os alertas dos investigadores para o facto de o aquecimento global passar o ponto de não retorno vêm de há vários anos. Em Agosto de 2018, um grupo de cientistas publicou um estudo no Earth System Dynamics, da União Europeia das Geociências. Segundo eles, o ponto de não retorno podia chegar até antes de 2035.
Então, os cientistas sublinharam que, ao darem essa data limite, poderiam estar a ser demasiado optimistas e que o mundo teria de abraçar as energias renováveis para conseguir travar os efeitos das alterações climáticas. Se o clima da Terra já passou o ponto de não retorno, só os próximos tempos dirão.