UNITA exorta cidadãos a fiscalizar as obras
A UNITA defendeu, ontem, que os cidadãos devem fiscalizar o projecto do Executivo, que visa a criação de um metro de superfície para Luanda.
Numa conferência de imprensa, que serviu para apresentar o ponto de vista sobre o projecto, o presidente do grupo parlamentar da UNITA afirmou que “a província de Luanda se tornou ingovernável” e que “a solução para o grave problema da mobilidade urbana reclama por medidas estruturais de fundo”.
Segundo Liberty Chiyaka, entre as medidas está a criação da Região Metropolitana de Luanda e a eleição de um Governo Autónomo, “com base nos princípios da descentralização político-administrativa e da autonomia local”.
O deputado lembrou que, em 2016, foram orçamentados quatro estudos para solucionar o problema do descongestionamento do trânsito de Luanda, no valor de 42 milhões de dólares. Revelou que mais de um milhão de kwanzas foram incluídos no Orçamento Geral do Estado só para o estudo do projecto base do Metropolitano ligeiro de superfície.
A UNITA criticou o facto de o Presidente da República ter criado uma Comissão multissectorial para alteração da divisão político-administrativa do país, com enfoque nas províncias do Cuando Cubango, Lunda-norte, Malanje, Moxico e Uíge.
O partido liderado por Adalberto Costa Júnior entende que se as causas da alteração fossem, de facto, a maior aproximação das entidades administrativas ao cidadão, bem como a gestão eficiente do território e a satisfação das necessidades colectivas, o Executivo teria, antes, realizado uma ampla auscultação da sociedade, através das organizações políticas e socio-profissionais mais representativas.