As medidas e o resto...
As novas medidas a adoptar face à Covid-19, decretadas, tendo em conta a defesa da saúde pública, sem esquecer os interesses económicos do país e de parte dos investidores, servem, em simultâneo, para avaliar comportamentos cívicos.
Aquela forma de testar o estado actual da pandemia em Luanda e os efeitos que, face a mais esta abertura, pode ter, depende de uma série de circunstâncias relacionadas com a postura do cidadão comum, dos responsáveis por cada espaço comercial e de fiscais e polícias.
As novas medidas, adoptadas por especialistas na saúde e economia, são, em princípio, bem-vindas e aplaudidas pela maioria dos leigos naquelas matérias. A generalidade luandense sente saudades de hábitos que a pandemia lhe roubou e tão cedo volta a ter, se é que alguma vez os recupera.
Esta nova abertura, que já experimentámos, pode ser o início de uma longa etapa, difícil de concretizar se não forem tidas em conta as fragilidades dos nossos serviços de fiscalização e de policiamento, cujos hábitos - ou vícios? -, do conhecimento geral, têm, custe o que custar, de ser alterados.
Nesta guerra desigual contra um inimigo invisível, capaz de se desdobrar noutros, igualmente letais , todos somos poucos para o afugentar, no mínimo, estorvar-lhe os intentos.
As medidas contra a Covid_19, retomadas agora, tendo em conta, sublinhese, opiniões abalizadas, podem indiciar um novo ciclo no quotidiano luandense, mas, outrossim, um retrocesso. Tenhamos consciência disso.