Troféu Edith Bongó “mora” na Galeria dos Desportos
Distintas figuras ligadas à modalidade presenciaram a deposição da taça conquistada por três vezes consecutivas pelas Pérolas
O troféu Edith Bongó ganho por três vezes consecutivas (2016) em Luanda, (2018) na cidade de Brazzaville e (2021) em Yaoundé, pela Selecção Nacional sénior feminina de andebol, foi depositado definitivamente ontem, na vitrina da Galeria dos Desportos.
O acto simbólico contou com a presença do secretário de Estado para o Desporto, Carlos Almeida, em representação da ministra Ana Paula do Sacramento Neto, e do presidente da Federação Angolana de Andebol (FAAND), José do Amaral Júnior “Maninho”.
Palmira Barbosa, Ilda Bengue, Elisa Weba, Odeth Tavares, antigas capitãs do combinado angolano também prestigiaram a cerimónia,onde estiveram igualmente a delegação que esteve em Yaoundé, Camarões e outras figuras ligadas à modalidade.
Antes da deposição da taça, coube às antigas capitãs abençoar o troféu: “Angola Força, Força, Força, foram as palavras de ordem”. Após a bênção, Isabel Guialo “Belinha”, actual capitã das Pérolas e MVP do último Africano, fez a entrega do ceptro ao presidente da Federação, tendo sublinhado: “queremos conquistar outros títulos e dar orgulho ao país”.
Durante a cerimónia, um busto foi vestido com a camisola da selecção, perto de outro que conserva o equipamento utilizado na conquista do primeiro Africano em 1989. De uma camisola para outra, são contados 32 anos de história. Por outro lado, foi colocado à disposição das jogadoras um quadro, onde as actuais e as antigas deixaram as respectivas assinaturas.
O número um da FAAND, por sua vez, devolveu o ceptro ao secretário de Estado: “Entrego esta taça com imenso prazer. A galeria representa a nossa história e espero que este troféu conquistado com muito sacrifício, pelas nossas Pérolas, na 24ª edição do CAN, possa enriquecer o acervo”.
Carlos Almeida, em nome do MINJUD, elogiou o feito alcançado e agradeceu a presença de todos, com destaque para as antigas andebolistas apelidadas de “geração de ouro”, onde o nome mais sonante é o de Palmira Barbosa, considerada a melhor andebolista de todos os tempos.
“Estamos a testemunhar um acto de elevado simbolismo para o desporto nacional, que é a deposição definitiva do troféu Edith Bongó. O mesmo foi conquistado com muita garra, nas três últimas edições do Campeonato de África e de forma consecutiva”, disse.
O feito nos dá o direito de guardá-lo na nossa galeria, acrescentou o governante, tendo realçado que “estar no topo do andebol africano durante muitos anos representa, por si só, uma clara competência a todos os níveis. Presidente da federação felicitamos mais uma vez o trabalho feito nos últimos anos, solicitamos a todos que continuem a apoiar a federação e prossigam na mesma senda”.
Carlos Almeida aproveitou ainda o momento para lançar um desafio aos membros da FAAND. “No impulso dos Jogos Olímpicos, pensarmos e porque não, em Dezembro Angola vai disputar mais uma vez o Campeonato do Mundo, na Espanha pensar em melhorar o sétimo lugar alcançado em 2007, em França, registo nunca alcançado por outra selecção africana. Vamos elevar a fasquia”.
Ciente das dificuldades que podem surgir, Almeida foi peremptório: “costumase dizer que a planificação é o segredo dos grandes resultados. Podemos começar a planificar agora. Estamos a sensivelmente seis meses. A selecção quando representa o país em africanos e mundiais consegue provocar, por si só, a êxtase no povo angolano e por esse motivo estamos agradecidos”.
Em jeito de conclusão, o secretário de Estado para o Desporto reiterou o compromisso do Ministério e fez recurso ao discurso do Presidente da República, João Lourenço, que na recente recepção às Pérolas garantiu: “o Estado não está aqui só para apoiar, mas também para resolver todos os temas que forem apresentados”.
“Estamos a testemunhar um acto de elevado simbolismo para o desporto nacional, que é a deposição do troféu Edith Bongó”