CASA-CE questiona oportunidade da criação do metro de superfície
O presidente da CASA-CE questionou, ontem, a oportunidade da construção do metro de superfície de Luanda, quando a cesta básica alimentar da população continua cara.
Manuel Fernandes, que falava no final de um passeio para constatar o funcionamento dos transportes públicos em Luanda, interagiu com cidadãos que se faziam transportar em locomotivas, autocarros e táxis, que pediram a redução dos preços dos principais produtos de consumo. “Ouvimos os cidadãos a reclamarem da falta de empregos e da cesta básica que está caríssima. Eles chegaram a dizer que seria melhor receberem a informação de que haveria a baixa dos preços da cesta básica, do que a construção de um metro de superfície em Luanda”, contou.
O também deputado disse ter constatado dificuldade na mobilidade dos cidadãos. “Andamos no comboio, autocarros e táxi aos empurrões”, referiu Manuel Fernandes, para quem a jornada de ontem permitiu constatar que as medidas para a prevenção da pandemia da Covid-19 têm sido violadas, devido a dificuldades nos transportes públicos.
“Penso que algumas medidas são completamente descontextualizadas porque aquilo que se proíbe praticamente não é cumprido na íntegra. Este decreto está à margem daquilo que é a realidade dos cidadãos”, considerou.
O político acrescentou que a realidade nas paragens, dentro dos táxis e autocarros é um contraste às medidas que têm sido transmitidas aos cidadãos quanto à perigosidade da Covid-19.
Manuel Fernandes anunciou a próxima jornada de campo para os mercados de céu aberto, como o do Trinta e Catinton, onde espera interagir com os comerciantes.