País partilha satélite com parceiros
O Angosat-2, um satélite de comunicação geoestacionário angolano que entra em órbita no primeiro trimestre de 2022, deverá servir a região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), declarou, ontem, em Luanda, o secretário de Estado para Tecnologias de Informação.
Mário Oliveira, que falava à imprensa à margem de uma reunião de ministros da SADC dos sectores das Telecomunicações, Tecnologias de Informação, Comunicação Social, Transportes e Meteorologia, que decorreu por videoconferência, disse que o Angosat-2 deverá ser o satélite utilizado pelos países da SADC, enquanto a região não possuir um satélite próprio, sendo esse um projecto em que “nós, angolanos, temos uma palavra a dizer”, uma vez que Angola é responsável por este subsector.
O secretário de Estado reafirmou o lançamento do Angosat-2 no prazo previsto e garantiu que a construção, pela Airbus Defence and Space, decorre com normalidade, estando, neste momento, a decorrer a formação e certificação internacional de jovens angolanos em matéria de Ciência Espacial.
Ao nível da SADC, a Comunicação Social e Meteorologia são sectores de responsabilidade de Angola, que assumiu o compromisso de transmitir e lançar uma televisão regional, tendo a Namíbia a lidar com a criação dos conteúdos.
O secretário de Estado assegurou que o projecto da TV Digital decorre a bom ritmo acrescentando que, dentro de alguns dias, chegam ao país especialistas japoneses que vão trabalhar com os angolanos, no quadro de um memorando de entendimento assinado entre Angola e o país oriental.
No domínio da Meteorologia, Angola trabalha para promover a partilha de informação com os países da região, bem como deverá empenharse para que o relançamento da Associação de Meteorologista da Região Austral.
A reunião, que decorreu ontem por videoconferência, sob a presidência de Moçambique, serviu para balancear as acções desenvolvidas de 2019 até à presente data.