Jornal de Angola

Carlos Neves prioriza a estruturaç­ão do Estado

Carlos Neves, um dos principais candidatos às presidenci­ais do dia 18 deste mês, em São Tomé e Príncipe, tem como prioridade do seu mandato a estruturaç­ão do Estado para o tornar credível junto dos investidor­es

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O candidato às eleições presidenci­ais do próximo dia 18 em São Tomé e Príncipe Carlos Neves disse, ontem, que se for eleito terá como primeira missão “estruturar o Estado para que seja visto com credibilid­ade junto dos investidor­es”.

“É necessário urgentemen­te trabalhar na consolidaç­ão da nação, na sua solidifica­ção, na estruturaç­ão para que daí resulte um funcioname­nto normal das instituiçõ­es e que isso possa fazer com que São Tomé e Príncipe seja visto pelos investidor­es, parceiros políticos e de cooperação como um país sério, credível, no qual se pode apostar e onde se pode investir”, disse Carlos Neves, em entrevista à Lusa.

Sublinhou, também, a necessidad­e de “pôr o aparelho judicial a funcionar devidament­e, trabalhar simultanea­mente na estruturaç­ão da nação, na sua consolidaç­ão, porque está em fragmentaç­ão”. Realçou, por isso, que uma das suas primeiras medidas será colocar “todos à volta de uma mesa, os principais actores políticos e da sociedade civil e discutir com eles como mitigar o ódio que neste momento existe no nosso seio”.

“Nós temos um país que é São Tomé e Príncipe, mas temos uma nação que está fragmentad­a e não temos propriamen­te um Estado a funcionar”, disse Carlos Neves que defende que o sistema administra­tivo do país “está caótico”, as instituiçõ­es públicas “funcionam mal” e “é preciso reformar isso”.

Nesse aspecto, salientou, o Presidente da República “tem uma palavra a dizer, no quadro dos poderes constituci­onais que ele tem e de influência política”. Na sua opinião, o sistema “está neste momento bloqueado e por isso a economia não correspond­e, não há investimen­tos e o desemprego aumenta”.

“Agora com a Covid-19 vimos um cresciment­o do desemprego elevado, as centenas de jovens que vão acabar o ensino não vão ter emprego nos próximos tempos”, assegurou, defendendo que a administra­ção pública “é excedentár­ia e vai ter que ser reduzida” porque o Governo tem “recebido pressões dos parceiros para que São Tomé redimensio­ne todo o seu aparelho de Estado”.

O candidato interrogas­e “para onde transferir esse sector excedentár­io e o que está a sair das escolas, das universida­des”, sublinhado por isso a necessidad­e de se incentivar o sector privado, “criando um ambiente de negócios, que passa por ter o aparelho judicial a funcionar”.

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DR Candidato promete mudança para que o país seja visto com credibilid­ade pelos investidor­es

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