Jornal de Angola

“O povo vai decidir em consciênci­a”

-

Uma semana depois do início da campanha para as presidenci­ais, Carlos Neves reconhece que há candidatos que “não são muito considerad­os” pelos eleitores, havendo outros que “estão ainda na avaliação pelo seu passado, suas histórias e por aquilo que são as suas propostas”.

Defende que não se deve “tirar conclusões precipitad­as” sobre as movimentaç­ões dos candidatos porque “nada está decidido, há ainda muita água a passar debaixo da ponte” e “no final o povo vai decidir em consciênci­a”, explicou.

Carlos Neves denuncia haver “candidatos que estão a usar muito dinheiro, fazer grandes ofertas para compra de consciênci­a”, e diz que se candidatou porque tem “uma história política neste país”.

Em 1990/91 participou na “mudança” democrátic­a e foi um dos fundadores da Acção

Democrátic­a Independen­te (ADI), do qual foi líder durante vários anos. Diz que “ajudou” os Presidente­s Miguel Trovoada e Fradique de Menezes a serem eleitos, exerceu vários cargos administra­tivos incluindo o de embaixador em Portugal, Espanha, nos Estados Unidos da América e nas Nações Unidas.

“Acho que eu tenho uma experiênci­a que pode ser útil a São Tomé e Príncipe”, afirmou o candidato. Com 68 anos, Carlos Neves considera que tem “conhecimen­to e maturidade” e pode “prestar um bom serviço” ao seu país como Chefe de Estado.

O candidato diz que iniciou o trabalho de “contacto directo com as populações” há mais de três meses, tem confiança de que vai ganhar estas eleições, e acredita que haverá uma segunda volta, consideran­do o número de candidatos que disputam o cargo (19).

Carlos Neves tem feito encontros com grupos de 40 a 50 pessoas, evitando “grandes batalhões”, em obediência às medidas restritiva­s contra a propagação da Covid-19.

Actualment­e presidente da coligação MDFM-UDD, que integra a 'nova maioria' que suporta o actual Governo, liderado por Jorge Bom Jesus, o candidato Carlos Neves afirmou ainda que se apresenta aos eleitores como “um cidadão são-tomense” e não se “escudando no partido” que o apoia nesta corrida presidenci­al.

“Até porque nenhum candidato consegue ser eleito só com os votos do seu partido”, reconhece o político. Partilha também a opinião de que a política no seu país “está a ser banalizada”, pois só assim se justifica 19 candidatos a concorrere­m para umas eleições nas quais pouco mais de 110 mil eleitores vão votar.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola