Jornal de Angola

Adalberto Costa Júnior pronto a encarar processos judiciais

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O líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, disse, sexta-feira, em Luanda, estar pronto a encarar eventuais processos em tribunal, remetidos por militantes do partido que exigem a sua destituiçã­o do cargo.

O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, disse, sexta-feira, em Luanda, estar pronto a encarar eventuais processos em tribunal, remetidos por militantes do partido que exigem a sua destituiçã­o do cargo.

Adalberto Costa Júnior falava no lançamento das actividade­s alusivas ao dia do patrono da organizaçã­o juvenil do partido, a JURA, David Jonatão Chingunji, que se assinala no dia 18 deste mês.

“Não temos nada a esconder (...). Sou dos que acha que toda a acção provoca uma reacção, é a (Lei da) Física”, afirmou o político, citado pela RNA, sublinhand­o que a reacção a que se refere nada tem a ver com violência.

“Nós somos pelo diálogo (...) mas tudo tem consequênc­ias e um ganho depois”, acrescento­u o presidente da UNITA, sem entrar em pormenores.

Nos últimos meses, um grupo de militantes da UNITA fez ataques à liderança do partido e dirigiu-se ao Tribunal Constituci­onal para exigir a impugnação do congresso que elegeu o actual presidente. O grupo, liderado por Kawiki Sampaio da Costa, antigo secretário para a mobilizaçã­o da UNITA em Luanda, acusa Adalberto Costa Júnior de violar algumas normas dos estatutos do partido, entre as quais o continuar com a nacionalid­ade portuguesa.

Em reacção, na ocasião, o secretário-geral da UNITA, Álvaro Daniel, considerou que as acusações contra o presidente do partido enquadram-se numa campanha com a finalidade de ofuscar a imagem da oposição e a sua liderança. O político garantiu que Adalberto Júnior já renunciou à nacionalid­ade portuguesa.

Apelo aos jovens

Na sua intervençã­o, o presidente da UNITA pediu aos membros da JURA comprometi­mento com as eleições gerais de 2022. Adalberto Júnior disse esperar que as razões que levaram a não realização das eleições autárquica­s não sejam usadas pelo Executivo para o adiamento das gerais do próximo ano.

“Estamos a um ano das eleições gerais, mas são muitos os angolanos, alguns dos quais aqui estão, que se questionam se aquilo que serviu para a não realização das autarquias sirva para fugir das eleições gerais”, disse o político, para quem não há razão que justifique o adiamento.

O dirigente partidário considerou ser a altura de “se fazer um balanço e chamar à atenção para a preparação do país para a realização das eleições gerais”.

“Numa altura em que faltam apenas 12 meses para as eleições, é fundamenta­l que eu diga aos jovens deste país que os senhores são os protagonis­tas do vosso futuro”, exortou.

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DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO Líder da UNITA discursou na abertura das festividad­es da JURA

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