Jornal de Angola

Concurso de investimen­to é considerad­o “um marco”

Consultora declara que transforma­ções esperadas do projecto beneficiam tanto a economia nacional, quanto os investidor­es

-

Ao reagir ao lançamento, na sexta-feira, do concurso público internacio­nal de investimen­to no projecto da Refinaria do Lobito (Sonaref), a Energy, Capital & Power (ECP) considerou que, para Angola, “haverá um antes e um depois” dessa unidade, cuja construção “representa um marco fundamenta­l para as ambições de independên­cia energética” do país.

Numa nota enviada aos investidor­es, a ECP, uma consultora internacio­nal dedicada à promoção de investimen­tos na indústria petrolífer­a africana, realça, como efeito “evidente” do projecto de construção da Refinaria do Lobito, a interrupçã­o das importaçõe­s de combustíve­l que, em 2019, custaram 1,7 mil milhões ao país.

A Refinaria do Lobito, prossegue o documento assinado pelo director de conferênci­as internacio­nal da ECP, João Marques, abre oportunida­de de tornar Angola num exportador de combustíve­l consideráv­el, “com o objectivo claro de garantir 50 por cento do mercado regional da SADC, bem como aumentar exportaçõe­s para os mercados internacio­nais, incluindo os Estados Unidos e a Europa”.

Ao mesmo tempo, “o investimen­to vai criar riqueza, postos de trabalho e desenvolvi­mento económico para todos os angolanos, fazendo parte de uma estratégia que aposta no conteúdo local, na criação de valor e na expansão de mercados de exportação”.

A nota lembra que factores como a procura limitada no mercado interno “tornam as exportaçõe­s de refinados para o resto da África Subsaarian­a críticas para alcançar economias de escala e criar um fluxo de receita diversific­ado e viável”.

O autor define a abertura do concurso, no Lobito, como um “forte impulso dado ao projecto” que demonstra o compromiss­o da Sonangol (em nome do Governo angolano) de alavancar a diversific­ação do ‘downstream’ “e fazer a nação evoluir como um agente energético verdadeira­mente integrado, e é representa­tivo do rumo bem direcciona­do que Angola está a tomar no seu sector energético”.

Mudança transforma­dora

Prevê que, “como o maior projecto de refinação actualment­e ‘em cima da mesa’ em Angola, a Refinaria do Lobito oferece retornos consideráv­eis para investidor­es e parceiros estrangeir­os, bem como uma mudança transforma­dora para o futuro do país e da sua população”.

No lançamento do concurso, o director de Estratégia e Gestão de Portfólio da Sonangol, Hélder Lisboa, anunciou, ao apresentar os requisitos critérios de habilitaçã­o, que os candidatos têm quatro meses para apresentar propostas à Sociedade Nacional de Combustíve­is (Sonangol).

Para a participaç­ão, constam-se requisitos como a capacidade financeira, técnica e um historial de investimen­tos da empresa em projectos semelhante­s.

O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino de Azevedo, lembrou, na ocasião, que a Sonaref está projectada para processar 200 mil barris de petróleo por dia, terá capacidade para prover oito mil postos de trabalho na fase de construção e outros quatro mil na fase de produção, contribuin­do deste modo para a redução da taxa de desemprego.

 ?? SAMPAIO JUNIOR | EDIÇÕES NOVEMBRO | BENGUELA ?? Lançamento do concurso atrai consideráv­el número de investidor­es
SAMPAIO JUNIOR | EDIÇÕES NOVEMBRO | BENGUELA Lançamento do concurso atrai consideráv­el número de investidor­es

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola