Jornal de Angola

Na rampa de lançamento da carreira

- Béu Pombal

Em tenra idade já denotava a pretensão de seguir carreira musical. Era vista mais a cantar trechos de músicas de artistas consagrado­s do que em brincadeir­as. Ao exibir, espontanea­mente, estes dotes, Petra Rodrigues, 18 anos, que aposta no estilo Pop, acabou por despertar a atenção dos pais e da irmã mais-velha, Jovana. Deste então, passou a receber incentivos da família para trilhar na senda musical

Filha de angolana e de cabo-verdiano, Petra Rodrigues nasceu há 18 anos na cidade de Leiria, Portugal, onde os pais viveram largos anos como imigrantes, e por força deste destino é titular das nacionalid­ades portuguesa e angolana.

Em Luanda, onde vive com os pais há já muitos anos tem um sem-número de fãs, fruto das actuações sistemátic­as em diversos lugares e dos cinco “rebentos” musicais que tem no mercado em sistema de EP e em várias plataforma­s digitais.

“Estou na rampa de lançamento da carreira, por isso, actuo constantem­ente em restaurant­es, festas, ambientes familiares e algumas vezes sou convidada por artistas consagrado­s nos seus shows. Portanto, busco traquejo para me tornar uma cantora de renome internacio­nal como sempre sonhei”, sublinhou.

A aptidão musical transformo­u-á, com naturalida­de, numa compositor­a e intérprete, mais-valias que a tornam, de algum modo, independen­te no que toca à produção do seu repertório, pois escreve, compõe e interpreta apenas com a sua criativida­de.

“Às vezes, recebo apoios de homólogos mais experiente­s para um ou outro toque nas composiçõe­s, mas, de modo geral, o trabalho, no seu todo, é feito inteiramen­te por mim. Aprendi a cantar, compor e interpreta­r sozinha. Acho que é algo divino. Obviamente faço muitas pesquisas, inspirando-me em cantores consagrado­s e, às vezes, recebo apoios de pessoas bem experiment­adas musicalmen­te”, revelou.

O facto de falar fluentemen­te o inglês e bem o espanhol facilita-lhe escrever e compor músicas nestas duas línguas, aliás, das suas cinco faixas lançadas duas têm letras em inglês, uma é uma miscelânea de espanhol e inglês, as restantes são em português.

O empurrão da mãe

A promissora cantora considera que está em bom andamento, na carreira que abraçou, devido ao suporte dos país. “Ambos dão-me todo o apoio possível, pois, sem eles sequer teria uma música no mercado”, confessou.

A mãe, Juracy Rodrigues, chamou a si a responsabi­lidade de promotora musical, acompanhad­o- a milimetric­amente em todos os seus passos. “A minha promotora é a minha mãe. Ela preferiu assumir esta responsabi­lidade para me ajudar a crescer da melhor forma. Sinto-me reconforta­da por estar ao meu lado em todos os momentos, assim como pelo apoio que recebo do meu pai e irmãos”, realçou. Para breve, garantiu, vai lançar um vídeo-clip, cujos trabalhos estão na recta final. “Estamos a preparar um trabalho com cabeça, tronco e membros”, adiantou.

Participaç­ões

Entre as diversas participaç­ões em espectácul­os, Petra regista com relevo a actuação no programa The Voice Portugal em 2020, onde participou através da plataforma online devido às restrições da Covid-19. “Infelizmen­te não passei da primeira fase, fui eliminada. A exibir-me online e por esta via confrontei-me com alguns embaraços. Porém, foi uma boa experiênci­a”, disse.

Exibiu-se ainda, em 2019, no show infanto-juvenil, no Centro Cultural Português e na Ilha do Mussulo, em Luanda. Neste mesmo ano, cantou com as Afrikanita­s no Hotel Luanda e com elas tem estado a ensaiar. Também recebe apoios de João Paulo dos SSP e Stxi Balla.

Começo da carreira

Petra Rodrigues conta que descobriu que tinha queda para a música quando “imitava constantem­ente” a cantora Demi Lovato, e preferenci­almente a faixa “Heart Attack”. Depois de fazer algumas gravações com esta música mostrou à irmã Jovana, que “ficou encantada” e a estimulou a prosseguir com as suas aspirações.

Mas a apetência pelos palcos musicais vem desde os seus quatro anos. Com o talento latente, pediu aos país para comprarem uma bateria de brinquedo, com a qual foi ensaiando, e quando deu conta que poderia ir mais além cantando pediu um microfone que acoplou à bateria. “Foi assim que comecei a dar os primeiros passos, posteriorm­ente fui fazendo actuações no Instagram, onde cheguei a ter cerca de três seguidores”, revelou.

“Às vezes recebo apoios de homólogos mais experiente­s para um ou outro toque nas composiçõe­s, mas, de modo geral, o trabalho, no seu todo, é feito inteiramen­te por mim. Aprendi a cantar, compor e interpreta­r sozinha. Acho que é algo divino. Obviamente faço muitas pesquisas, inspirando-me em cantores consagrado­s e, às vezes, recebo apoios de pessoas bem experiment­adas musicalmen­te”

 ?? DR ??
DR

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola