Brasil quer ajudar Angola na acreditação do ensino
Especialistas brasileiros de Saúde manifestaram o desejo de ajudar Angola a criar um sistema de acreditação internacional, com vista a normalizar o ensino das Ciências Médicas em todo o território nacional. A pretensão foi apresentada sexta-feira, último dia do Primeiro Congresso Internacional de Medicina da Universidade Privada de Angola (UPRA).
O coordenador do Sistema de Acreditação de Escolas Médicas do Brasil, Milton Arruda, que apresentou o tema “Educação Médica na Perspectiva da Associação Médica Mundial”, disse ser importante que todos os países tenham um sistema de acreditação do ensino da Medicina, por permitir a fiscalização internacional do curso e assegurar a melhoria da qualidade do ensino.
Milton Arruda acrescentou que o sistema de acreditação permite, principalmente, que cada país inscrito possa ter os seus cursos de Medicina reconhecidos internacionalmente, durante algum período, tendo em conta que o processo de acreditação é renovável a cada dez anos.
Segundo Milton Arruda, a experiência do Brasil, no ramo da acreditação, pode ser muito útil para os países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), uma vez que o movimento de avaliação e acreditação de cursos de Medicina é de carácter internacional e foi criado justamente para regular as normais que regem o ensino das Ciências Médicas a nível mundial.
“Por isso, colocamo-nos à disposição de Angola, para trabalharmos juntos, e, se possível, fazermos um projecto-piloto numa das escolas, para que, em curto espaço de tempo, possam ter este sistema instalado”, assegurou Milton Arruda.