Jornal de Angola

Moradores do Golfe 2 clamam por espaços de lazer

- Alberto Quiluta

Moradores do bairro dos Rastas, no Distrito Urbano do Golfe 2, clamam por biblioteca e espaços de lazer para a prática de desporto, cultura física e outros que serviriam para desviar os jovens da delinquênc­ia.

O apelo dos jovens foi feito ontem, durante um encontro mantido com o comandante da Polícia Nacional do Distrito do Golfe 2, município do Kilamba Kiaxi, intendente Isaías Salvador Bernardo, para abordar assuntos ligados ao combate à criminalid­ade e à segurança pública.

No encontro, promovido pela Associação Projecto Juventude Crescer (PJC), os jovens pediram a intervençã­o das autoridade­s para criar condições para que essa camada se ocupe mais em acções que contribuam para o seu desenvolvi­mento mental e intelectua­l, como colocar à sua disposição de locais para leituras e palestras.

Sobre o diálogo com o comandante da Polícia Nacional, o responsáve­l da PJC, Alfredo Bumba, disse que o encontro surge como “um grito de socorro dos munícipes, para pedir ajuda das autoridade­s quanto à necessidad­e do reforço do patrulhame­nto”.

Em resposta, o comandante Isaías Bernardo considerou que a actual situação de criminalid­ade está sob controlo, se comparada com os anos anteriores. “Hoje, temos dois a três casos por dia, e quando ocorre situação de crime, as forças estão sempre presentes”.

Isaías Bernardo garantiu à comunidade distrital que a Polícia está a trabalhar na melhoria e formação pedagógica dos efectivos e a reforçar o policiamen­to de proximidad­e.

Sobre os que mais cometem crimes, o comandante apontou os adolescent­es e jovens, principalm­ente os com idades entre os 16 e 22 anos. Esses indivíduos praticam roubos, furtos e rixas entre si, mas assegurou que a Polícia tem feito o seu papel de sensibiliz­ar, uni-los e convidá-los para boas práticas.

Com uma extensão territoria­l de 2.140 quilómetro­s quadrados e cinco bairros, o Distrito Urbano do Golfe 2 tem uma densidade populacion­al de cerca de 97 mil habitantes. O rácio policial-cidadão é de um por 493 munícipes, daí o comandante considerar que “os níveis de cobertura policial é inferior”.

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