Angola propõe plataforma para cooperação económica
A plataforma vai ser estabelecida durante a mesa-redonda sobre a cooperação económica e empresarial que acontece na quinta-feira, no Ministério da Economia e Planeamento
Angola pretende estabelecer uma plataforma para promover a cooperação económica e empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), durante os dois anos na presidência, que assume no sábado.
A ideia surge depois do país ter definido a cooperação económica e empresarial como uma das principais prioridades para a presidência rotativa da organização.
Segundo o porta-voz da XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, Oliveira Encoge, que falava no final do primeiro dia da reunião dos Pontos Focais de Cooperação, a plataforma vai ser estabelecida durante a mesa-redonda sobre a cooperação económica e empresarial, que acontece na quinta-feira, no Ministério da Economia e Planeamento.
O encontro vai juntar empresários, académicos e estudantes para, em conjunto, se estabelecer a referida plataforma.
Oliveira Encoge recordou que o grande objectivo do Executivo "é a promoção da cooperação económica e empresarial".
Na mesa-redonda, reforçou, "vamos de forma híbrida ouvir todos os Estados-membros e contar 15 participantes presenciais, para colher pontos de vista sobre o que deve ser a base da acção de promoção deste novo pilar, enquadrado nos objectivos gerais da CPLP", sublinhou.
Este segmento empresarial e económico, adiantou, é o novo objectivo da Comunidade e é por aí que Angola quer contribuir.
O diplomata reconheceu que em dois não se faz muita coisamaspodedar-seopontapé de saída para uma cooperação nova e diferente nas circunstâncias que o mundo vive.
Na reunião de ontem, os peritos passaram em revista uma série de acções no domínio da cooperação sectorial que foram indicadas ao longo do mandato de Cabo-verde.
Os peritos reconheceram que a pandemia criou. em todos Estados-membros, imensas dificuldades e inúmeros constrangimentos na materialização de vários objectivos.
A reunião dos pontos focais, que termina hoje, vai ser seguida da reunião do Grupo Técnico do Comité de Concertação Permanente, que vai juntar os representantes dos Estados-membros, na qualidade de embaixadores permanentes. Estes vão preparar os documentos políticos para o Conselho de Ministros, que vai culminar com a Cimeira de Chefes de Estado e de Governo, prevista para sábado.
Promoção do turismo
Sobre a promoção do turismo na CPLP, Oliveira Encoge referiu que os Pontos Focais ouviram a experiência de Cabo-verde que tem no turismo o seu grande potencial e mostrou como a pandemia quebrou o crescimento económico do país.
"É uma experiência que cada um dos Estados-membros vai aproveitar para retirar os benefícios, revisitar o seu programa e alinhar em função da experiência deste país", disse.
Fundo Especial
Sobre o Fundo Especial da CPLP, um dos pontos da agenda de trabalho, Oliveira Encoge disse que o mesmo é simbólico e fruto de contribuições de alguns Estadosmembros. "Não é um Fundo de biliões, é simples mas tem atendido as necessidades dos programas e acções pontuais aprovadas nas Reuniões dos Pontos Focais de Cooperação", sublinhou.
O programa de trabalho da XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo prevê outros eventos paralelos, designadamente, a reunião do grupo técnico do Comité de Concertação Permanente, agendada para amanhã e a 244ª reunião estatutária do Comité de Concertação Permanente, que acontece quinta-feira.
Ainda na quinta-feira, está agendada a III Reunião do Conselho Nacional sobre Segurança Alimentar e Nutricional. Para sexta-feira, o programa reserva a XXVI reunião Ordinária do Conselho de Ministros, que vai preparar a agenda do encontro dos Chefes de Estado e de Governo, que se realiza no sábado.
"Vamos, de forma híbrida, ouvir todos os Estadosmembros e contar 15 participantes presenciais, para colher pontos de vista sobre o que deve ser a base da acção de promoção deste novo pilar”