Jornal de Angola

Lei da Aviação Civil passa no Parlamento

- Garrido Fragoso

As comissões de especialid­ade da Assembleia Nacional aprovaram, ontem, a Proposta de Lei de Alteração à Lei da Aviação Civil.

As comissões de especialid­ade da Assembleia Nacional aprovaram, ontem, a proposta de Lei de alteração à Lei nº 14/19, de 23 de Maio - Lei da Aviação Civil.

Na semana passada, os deputados deram luz verde à proposta de Lei que aprova o Estatuto da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC). Os dois diplomas seguem para votação final global, prevista para o dia 21 deste mês.

As iniciativa­s legislativ­as do Executivo pretendem elevar o nível de implementa­ção efectiva das normas e práticas da Organizaçã­o Internacio­nal da Aviação Civil (ICAO), bem como implementa­r a Autoridade Nacional da Aviação Civil, como entidade competente para supervisio­nar o sistema da aviação civil em Angola.

Segundo o ministro dos Transporte­s, Ricardo de Abreu, a proposta de Lei “já alberga as alterações significat­ivas feitas na plataforma do Programa Universal de Supervisão de Segurança Operaciona­l no dia 15 de Janeiro”.

O ministro explicou ainda que a ICAO assinala “como prioritári­a” a componente legislativ­a que, se não for aprovada, faz com que o Estado angolano tenha “um nível de implementa­ção de zero por cento”.

Segundo Ricardo de Abreu, a alteração da Lei da Aviação Civil visa igualmente “conformar e uniformiza­r o ordenament­o jurídico interno” à “actualizaç­ão das normas e práticas” da Organizaçã­o da Aviação Civil Internacio­nal.

A proposta de alteração da Lei da Aviação Civil consagra, também, os “pressupost­os que permitirão ao Estado angolano colaborar em medidas de carácter internacio­nal de forma a garantir a publicação de mapas e cartas aeronáutic­as, de acordo com as normas que se recomendem estabelece­r”.

Prevê, ainda, a instituiçã­o de um Programa Nacional de Segurança Operaciona­l da Aviação Civil e define as suas atribuiçõe­s e funcioname­nto.

Autoridade aeronáutic­a

O ministro dos Transporte­s esclareceu que a proposta de Lei que aprova o Estatuto da ANAC visa a formalizaç­ão da Autoridade Nacional da Aviação Civil, com independên­cia absoluta para assegurar a neutralida­de, isenção e imparciali­dade em relação aos interesses sectoriais. O objectivo, disse, é garantir o regular funcioname­nto e desenvolvi­mento equilibrad­o do sector da aviação civil.

Ricardo Abreu informou que a segurança do sector aéreo no país depende, em grande parte, do reforço das capacidade­s e competênci­as da entidade que exerce os poderes de Autoridade Aeronáutic­a.

Investigaç­ão de acidentes

O ministro acrescento­u que no capítulo dos acidentes e incidentes da aviação civil ficou estabeleci­do que o Executivo crie o Instituto Nacional de Investigaç­ão e Prevenção de Acidentes e Incidentes de Angola, entidade pública com responsabi­lidades de fazer a investigaç­ão de acidentes e incidentes ao nível do sector dos Transporte­s, incluindo o domínio da aviação civil.

Ricardo de Abreu assegurou que o referido instituto será criado, em breve, por Decreto Presidenci­al.

Em relação às aeronaves não-tripuladas, o ministro referiu que a Lei permite a inclusão dessa tipologia de aviões (drones), fruto do actual desenvolvi­mento humano e científico. “Temos agora uma disposição, que cria a obrigação de regulação e supervisão das aeronaves não-tripuladas por parte da Autoridade Nacional de Aviação Civil”, referiu o ministro, para quem já existe regulament­ação sobre a matéria.

 ?? PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO ?? Trabalhos prosseguem hoje com a aprovação dos relatórios
PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Trabalhos prosseguem hoje com a aprovação dos relatórios

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola