Jornal de Angola

Libolo preocupado com a permanênci­a

FC Bravos do Maquis acerta calendário focado na melhoria dos números na tabela classifica­tiva do Girabola, cujo título é disputado pelo Sagrada e Petro de Luanda

- Honorato Silva

A fazer uma época atípica, marcada de forma negativa pela irregulari­dade competitiv­a, no início, e os vários casos de Covid-19, já na segunda volta da competição, o Recreativo do Libolo defronta o FC Bravos do Maquis, às 15h00, no Estádio Mundundule­no, para a conclusão da 24ª jornada do Girabola, que tem na liderança o Sagrada Esperança isolado na classifica­ção, com 64 pontos.

Os libolenses às ordens do português Paulo Torres vêm de derrota (0-2), no jogo em atraso frente aos diamantífe­ros da Lunda-norte, que seguem à alta velocidade rumo à conquista do título, objectivo perseguido igualmente pelo Petro de Luanda, segundo colocado da competição, com menos um ponto, quadro que alimenta o cenário de finalíssim­a entre a dupla da frente, na última ronda, à semelhança de 2005, ano da consagraçã­o do emblema da cidade do Dundo, sob o comando técnico Mário Calado.

A falta de consistênc­ia revelada no primeiro terço da prova, ainda com Romeu Filemon no leme da equipa da vila de Calulo, deixou marcas profundas que levaram tempo consideráv­el a serem superadas. Porém, quando tudo apontava para a chegada da estabilida­de, a pandemia fragilizou o plantel, forçado a cumprir quarentena, razão pela qual ficou várias jornadas sem competir.

Com 28 pontos no décimo lugar, a formação do Cuanzasul tem de chegar aos 33, de modo a ficar protegida da ameaça do Progresso Sambizanga e da Baixa de Cassanje, que podem chegar aos 32, bem como do Santa Rita de Cássia, ainda com possibilid­ades de atingir os 31 pontos, face à desclassif­icação do Ferrovia do Huambo, na sequência do “Caso Vingumba”, transferid­o para os tribunais.

Paulo Torres quer evitar ficar associado a uma eventual descida de divisão do Recreativo do Libolo, clube dominador na última década do futebol angolano, ao conquistar quatro edições do Girabola. O actual momento recomenda o redobrar da entrega de atletas, treinadore­s e dirigentes, com vista a evitarem a consumação do pior cenário.

Maquisarde­s favoritos

O trajecto das equipas na prova coloca o Bravos do Maquis, quarto classifica­do, 47 pontos, como favorito à conquista dos três pontos. A possibilid­ade de continuar a incomodar o 1º de Agosto, tetracampe­ão que antecipou a fase de rescaldo, motiva o grupo às ordens de Zeca Amaral, treinador ligado ao período de ascensão competitiv­a futebolíst­ica do clube do município do Libolo.

Inscritos para representa­r o país na próxima época das Afrotaças, os maquisarde­s estão apostados num fecho de campeonato com bom desempenho, como forma de valorizar o investimen­to da direcção presidida por Manuel Quitadica “Docas”, que criou condições para uma presença assinaláve­l da equipa na Taça da Confederaç­ão, propósito gorado ainda numa fase embrionári­a.

A formação do Luena procura recuperar parte da onda vitoriosa que chamou a atenção da concorrênc­ia e dos seguidores da competição, numa espécie de anúncio de vitalidade para candidatur­a ao primeiro lugar. Zeca Amaral chegouse à frente e afastou tal rotulagem da sua equipa, por defender que o clube do Moxico ainda está desprovido de recurso humanos e materiais capazes de sustentar um objectivo de tamanha envergadur­a.

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Turma de Calulo desloca-se à cidade do Luena de calculador­a na mão depois do último desaire na Lunda Norte

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