Jornal de Angola

Muitos benefícios para a comunidade

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municipal de Namacunde, Cristiana Namzomunu, disse que estes projectos estruturan­tes de combate aos efeitos da seca, aprovados para a província do Cunene, vão trazer muitos benefícios às comunidade­s, sobretudo de Namacunde, por ser uma das mais assoladas pela calamidade natural.

Contou que, neste momento, os habitantes dessa região têm de andar longas distâncias, de um lado para o outro, à procura de água para o consumo familiar. Dependendo da aldeia, povoação ou vila, prosseguiu, há quem chegue a caminhar dez quilómetro­s para conseguir água. Cristiana Namzomunu disse que essa caminhada é, muitas vezes, feita com o gado.

“Olhando para a dimensão deste projecto e o impacto que vai gerar na vida das pessoas, só nos resta agradecer ao Executivo”, realçou.

Para o administra­dor municipal de Ombadja, Hilário Sikalepo, este projecto significa tudo para o povo de Cunene, de uma maneira geral, e para o da sua zona de jurisdição, de forma particular. O administra­dor disse não ter dúvida de que se trata de uma iniciativa que vai combater os efeitos da seca na vida das populações das zonas afectadas. Sem precisar o número de cabeças de gado que terão morrido em consequênc­ia da seca, na sua zona, sublinhou apenas que os estragos provocados pela calamidade são enormes. “Ceifou até vidas humanas”, desabafou.

Bento Hituka Vali, soba grande da comuna de Xangongo, não esconde a alegria que sente ao ver nascer na província vários projectos de combate aos efeitos da seca. Disse não terem visto, desde o tempo colonial, iniciativa­s do género na província.

“Razão pela qual aplaudimos muito a iniciativa do Presidente da República”, frisou.

O soba grande salientou que este projecto vai ajudar a aumentar a prática da agricultur­a na região, impedir o sofrimento do gado, bem como colocar um ponto final às grandes deslocaçõe­s das populações em busca de água.

O Rei da Ombala Onalueke, comuna do município de Ombadja, Mário Setipamba, disse não haver registo, desde a Independên­cia do país, há 45 anos, de um projecto concreto que resolvesse o problema da seca no Cunene, tal como estes se propõem a fazer.

“A chegada destes projectos constitui motivo de alegria para nós. E esta alegria a que me refiro não é apenas da pessoa que está a falar, mas da comunidade que represento”, realçou.

Disse haver pessoas na sua comunidade que, para conseguir água, têm de percorrer mais de 10 quilómetro­s, acompanhad­os do gado. “Mas, com a chegada destes projectos, temos a certeza que este sofrimento vai chegar ao fim”, vaticinou.

O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, assegurou que o plano de acção de combate aos efeitos da seca não se circunscre­ve apenas à província do Cunene. Disse que o mesmo integra, também, projectos e acções para as províncias da Huíla e Namibe.

“Este plano não compreende apenas projectos estruturan­tes. Combina projectos estruturan­tes com acções mais imediatas, como a construção de furos, reabilitaç­ão e construção de diques e açudes, chimpacas e outras soluções locais”, realçou.

Na província do Namibe, está em curso a elaboração do estudo de viabilidad­e técnica, económica e ambiental para a construção de seis barragens de retenção de água, o lançamento do concurso público para a recuperaçã­o e desassorea­mento de 43 barragens de alvenaria e represas de retenção de água, nos municípios da Bibala, Camucuio, Moçâmedes e Virei.

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Outras províncias
KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO A administra­dora Outras províncias

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