Chefe de Estado elogia democratização do país
O Presidente de São Tomé e Príncipe, Evaristo Carvalho, elogiou, na madrugada de ontem, "a maturidade" do povo são-tomense e a democratização no país, quando arranca a última semana da campanha para as eleições presidenciais.
O Chefe de Estado, que não se candidatou a um segundo mandato, falava aos jornalistas no final da cerimónia da "Chama da Pátria", que marcou o início da comemoração do 46º aniversário da independência de São Tomé e Príncipe.
A tocha, que representa a Independência, chegou à Praça da Independência carregada pelo presidente da Câmara de Água Grande, quando faltavam poucos minutos para a meia-noite, hora em que o Presidente da República acendeu o monumento evocativo, ao som de "viva" e aplausos de centenas de populares que assistiam ao momento.
Sobre a campanha para as presidenciais do próximo domingo, Evaristo Carvalho considerou que "está a correr tudo bem, sem incidentes de maior".
"Espero que, de facto, termine assim para demonstrar mais uma vez a maturidade do povo são-tomense, a democratização em São Tomé e Príncipe", disse.
Questionado sobre como vê o facto de existirem 19 candidatos presidenciais, o Chefe de Estado considerou que isso "é um sinal da liberdade". "É um sinal que a nossa democracia está seguindo bem, um sinal que o país está aberto a todos nós. Todo o são-tomense tem um direito igual", comentou.
"Sinto-me satisfeito", acrescentou, antes de ressalvar: "Apesar do número grande de candidaturas, sabe-se que no fim só um é que passará".
Sobre a cerimónia, a última a que preside enquanto Chefe de Estado, Evaristo Carvalho disse ter "sentimento de alegria, como sempre", e pediu que lhe seja dada continuidade.
"É uma cerimónia cívica que temos vindo a realizar em honra da data de 12 de Julho de 1975, que é a data de conquista da nossa Independência. É uma cerimónia que devemos continuar, sempre, a cumprir, para que fique eternamente na memória de todos os são-tomenses, principalmente os jovens de hoje e de amanhã", referiu.
Na cerimónia estavam, entre outras personalidades, também o presidente da Assembleia Nacional, Delfim Neves, o presidente do Supremo Tribunal, Silva Cravid, e o Primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus.
As comemorações oficiais prosseguiram ontem com um acto de içar da bandeira, às 8h00, com o Primeiro-ministro, e depois o acto central, que decorreu durante a manhã no Palácio dos Congressos.