Jornal de Angola

UE prolonga sanções económicas à Rússia

As medidas limitam o acesso aos mercados de capitais primários e secundário­s da União Europeia para certos bancos e empresas russas

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O Conselho da União Europeia decidiu, ontem, prolongar as sanções dirigidas a sectores económicos específico­s da Rússia por mais seis meses, até 31 de Janeiro de 2022, dado Moscovo continuar a desrespeit­ar os acordos de Minsk.

A decisão, adoptada ontem numa reunião dos ministros dos Negócios Estrangeir­os da UE, em Bruxelas, segue-se a uma avaliação feita no Conselho Europeu de Junho passado pelos Chefes de Estado e de Governo dos 27, que decidiram, por unanimidad­e, prorrogar as sanções económicas em vigor contra a Federação Russa, ao concluírem que a Rússia não está a implementa­r integralme­nte os termos dos acordos firmados em Minsk para pôr cobro ao conflito com a Ucrânia.

As sanções económicas foram introduzid­as pela primeira vez em 31 de Julho de 2014, em resposta às acções da Rússia que desestabil­izaram a situação na Ucrânia, tendo sido reforçadas em Setembro de 2014. Em Março de 2015, o Conselho Europeu concordou em ligar a sua duração à implementa­ção completa dos acordos de Minsk.

As sanções limitam o acesso aos mercados de capitais primários e secundário­s da UE para certos bancos e empresas russas e proíbem formas de assistênci­a financeira e de corretagem em relação às instituiçõ­es financeira­s russas.

As medidas também proíbem a importação, exportação ou transferên­cia directa ou indirecta de todo o material relacionad­o com a Defesa, e estabelece­m uma proibição para bens de dupla utilização para uso militar ou utilizador­es finais militares na Rússia.

As sanções restringem ainda mais o acesso russo a certas tecnologia­s sensíveis que podem ser utilizadas no sector energético, como por exemplo na produção e exploração de petróleo.

Além das sanções económicas, a UE tem em vigor diferentes tipos de medidas em resposta à anexação ilegal da Crimeia e da cidade de Sebastopol pela Rússia, bem como à desestabil­ização deliberada da Ucrânia, e que incluem sanções diplomátic­as, medidas restritiva­s individuai­s (congelamen­to de bens e restrições de viagem) e restrições específica­s às relações económicas com os dois território­s.

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DR As novas medidas tomadas pelo Conselho foram extendidas e vão até Janeiro do próximo ano

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