Presidente cubano acusa EUA de quererem derubar o regime
O Presidente cubano, Miguel Díaz-canel, fez ontem uma comunicação televisiva em que acusou os EUA de desestabilizarem o país e de procurarem criar condições para uma mudança de regime em Havana.
Acompanhado de membros do seu Governo e do Comité Central do Partido Comunista de Cuba, o Presidente Miguel Díaz-canel disse que os protestos que se realizaram no domingo em várias cidades cubanas tiveram como objectivo “fracturar a unidade do povo” e “desacreditar o Governo e a Revolução”.
Miguel Díaz-canel acusou os EUA de continuar numa estratégia de “asfixia económica para provocar agitação social” e conseguir uma “mudança de regime” em Cuba, estando por detrás das manifestações de contestação ao regime de Havana.
O Presidente explicou que a comunicação televisiva de ontem foi uma iniciativa pensada há dias “para informar a população” sobre a situação do país, que atravessa uma grave crise, agravada pela pandemia da Covid-19, que se tem revelado em escassez de alimentos, medicamentos e cortes de energia.
Vários ministros, incluindo o da Energia, apareceram ao lado de Díaz-canel no programa de televisão, no qual responderam a perguntas de um grupo de jornalistas.
A primeira foi sobre os prolongados cortes de energia, uma das causas que motivaram o início dos protestos no domingo e que no interior de Cuba se multiplicaram nas últimas semanas.
O Presidente e o ministro da Energia atribuíram os cortes às avarias nas principais centrais termoeléctricas da ilha e ao aumento da procura de energia, para posteriormente garantir que a estabilidade do serviço será restabelecida a partir de hoje.
Ontem de manhã, e após um fim-de-semana muito conturbado pelas manifestações, Cuba acordou em aparente calma, mas sem serviço de Internet móvel.