Jornal de Angola

FAA nega responsabi­lidade da ausência de Neide Dias

- Teresa Luís

O presidente da Federação Angolana de Atletismo (FAA), Bernardo João, descarta qualquer responsabi­lidade em relação à ausência da fundista Neide Dias nos Jogos Olímpicos de Tóquio'2020.

Em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, o dirigente disse que quando a atleta foi indicada para representa­r Angola nos Jogos, o passaporte ordinário tinha apenas validade de quatro meses. A Federação ,em parceria com Embaixada angolana em Paris, tratou do processo de renovação do documento.

“Todo o processo começou em Fevereiro. A Neide é uma pessoa viajada. O documento deve ter pelo menos seis meses de validade. Por outro lado, trata-se de um passaporte ordinário e não de serviço. Portanto, não é nossa responsabi­lidade tratá-lo. Ainda assim orientamo-la a dirigirse à Embaixada para tratar o documento, mas não foi na mesma semana. Só teve disponibil­idade de o fazer na semana seguinte”, explicou.

O dirigente fez saber ainda que, quando o passaporte ficou pronto, a fundista estava indisponív­el e foi incapaz de obter uma cópia para enviála ao Comité Olímpico.

“Ela estava em Marselha. A ida e volta para Paris são 12 horas de viajem. Pessoalmen­te liguei para a Embaixada, obtive a cópia e dei entrada ao COA. Tudo dependia do empenho da Neide. O passaporte é tratado de forma presencial”, sublinhou.

Solicitado a esclarecer o afastament­o da atleta, após terem entregue a documentaç­ão ao COA, disse: “Ela foi afastada, porque segundo um documento enviado pelo COA, a Organizaçã­o Internacio­nal da Universali­dade alegou que preferiam ter lá o velocista dos 100 metros, o Aveny Miguel. Temos provas documentai­s. Nada tem a ver com a Federação ou o COA”.

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