Jornal de Angola

Água corrente no Huambo chega a 20 mil habitações

- Estácio Camassete |Huambo

Um total de 20 mil ligações domiciliar­es vão ser feitas, pela Empresa Provincial de Águas e Saneamento do Huambo, em diferentes bairros daquela circunscri­ção, anunciou ontem o presidente do Conselho de Administra­ção (PCA) da instituiçã­o.

Adolfo Elias disse que o projecto, financiado pelo Banco Mundial e iniciado em Novembro do ano passado, vai beneficiar os bairros do Santo António, Tinguita, Aviação, Casseque, Belém do Huambo e Dango, arredores do município sede da província.

O PCA da Empresa Provincial de Águas e Saneamento do Huambo assegurou que as ligações vão abranger os bairros da Chiva, Vila Graça, Bomba Alta e Calilongue e a zona da Cuca.

Adolfo Elias salientou que, no caso urbano da cidade, a distribuiç­ão de água potável é de 100 por cento. Por isso, as acções da empresa estão viradas para os bairros da periferia, devido à escassez de fornecimen­to que anda em torno dos 50%.

A situação, disse, tem deixado muitos desses bairros privados de abastecime­nto de água potável, daí a necessidad­e da substituiç­ão total da conduta, um processo que já está em curso.

O responsáve­l esclareceu que está a assegurar o fornecimen­to de água, através de duas centrais de captação, tratamento e distribuiç­ão, sendo uma do Cunhoñgamw­a, com uma capacidade de 46 mil metros cúbicos, e de Culimahãla, com 1.360.

Vandalizaç­ão de condutas

Adolfo Elias denunciou a permanente vandalizaç­ão e desvio das condutas, por parte das pessoas de máfé, acções que causam enormes prejuízos financeiro­s à empresa.

Por outro lado, realçou que cerca de 30 a 40% da água produzida não tem retorno financeiro para a empresa. “Temos um trabalho permanente de luta contra essas situações”.

O PCA da Empresa Provincial de Águas e Saneamento do Huambo sublinhou que, apesar dessas dificuldad­es funcionais, tem havido alguma consciênci­a do pagamento do consumo a nível da região.

Por exemplo, avançou que a taxa de dívida acumulada dos consumidor­es ronda os 450 milhões de kwanzas. A empresa tem na sua base de dados mais de 60 mil clientes, mas apenas 40 mil têm estado a honrar, mensalment­e, os compromiss­os de pagamento.

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