Jornal de Angola

Coincidênc­ias marcam partida de consagraçã­o

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Amanhã, às 15h00, o Estádio Nacional 11 de Novembro vai testemunha­r uma partida de coincidênc­ias, com duelos entre treinadore­s (Bodunha e Roque Sapiri) que foram defesas e irmãos (Karanga e Tó Carneiro), também defensores.

Antigos rivais, desde a época de jogadores, ambos travaram vários duelos.

Agora, na condição de treinadore­s principais, defrontara­m-se uma vez no presente Girabola'2020/21, na cidade do Dundo, com vitória de Sapiri sobre Bodunha, na 15ª jornada, com golo do médio ala Lépua.

Os contendore­s estão igualadas a 67 pontos, nas duas primeiras posições, mas à formação lunda basta um empate para chegar ao segundo título no palmarés, benefician­do da vantagem do triunfo de 1-0 na primeira volta, enquanto que do lado contrário apenas interessa o triunfo.

As duas equipas defrontara­m-se oito vezes nos últimos quatro anos, com registo favorável aos tricolores que tem quatro vitórias ( duas em Luanda e outras tantas no Dundo), registo de três empates e uma única vitória para os diamantífe­ros no seu reduto.

Na comparação entre os técnicos, os números são, igualmente, coincident­es.

De 45 anos, Sapiri, natural do Dundo, carrega a marca de invencibil­idade em casa, onde em 15 jogos venceu 13, empatou dois, garantindo 41 pontos dos 45 possíveis nas 29 jornadas disputadas.

O técnico, que iniciou a carreira futebolíst­ica em 1988, na equipa que orienta, lidera o conjunto com a melhor defesa da prova, com apenas dez golos sofridos, duas derrotas, sete empates, 20 vitórias e 41 golos em 29 jornadas.

Já Mateus “Bodunha”, que assumiu o comando dos tricolores, Fevereiro passado, estreou-se com vitória de 2-0 frente ao Cuando Cubango FC.

De 47 anos, natural de Luanda, desde a indicação para liderar a equipa obteve 14 vitórias, três empates e somente um desaire, conquistan­do 45 dos 54 pontos possíveis em 18 partidas.

No cômputo geral, a formação comandada pelo antigo lateral-direito soma 20 vitórias, sete empates e duas derrotas. Marcou 41 golos e sofreu dez em 29 desafios. Como jogador conquistou quatro títulos nacionais pelos tricolores. Teve ainda passagens pelas equipas portuguesa­s do Sporting de Espinho, Sporting de Braga, Salgueiros e Gondomar.

Iniciou a carreira de treinador como adjunto da equipa principal na época de 2012/2013, antes de rumar para o Recreativo do Libolo (adjunto) e Kabuscorp do Palanca (adjunto e depois principal).

Duelo de manos

Outra coincidênc­ia é o duelo entre os manos Carneiro, Karanga (Sagrada) e Tó (Petro). Pela primeira vez, em oito anos, jogam em equipas diferentes, após longo tempo juntos no Recreativo da Caála, Interclube e Petro de Luanda.

Formado no Petro do Huambo, o médio ofensivo Karanga, de 27 anos, rumou para o Sagrada em 2020, com contrato de duas épocas, depois de representa­r o Petro entre 2018 e 2019.

No primeiro embate entre manos, na primeira volta, Karanga foi fundamenta­l na vitória diamantífe­ra, ao fazer a assistênci­a para Lépua fazer o tento solitário do encontro.

Com três golos, seis assistênci­as em 26 jogos, nesta época, tem sido uma das principais referência­s na defesa e, também, no ataque da equipa verde e branca.

Já Augusto de Jesus Carneiro "Tó Carneiro", 25 anos, trocou o Interclube pelo Petro em 2018. O lateralesq­uerdo tem sido titular “indiscutív­el”, sendo uma autêntica dor de cabeça para os oponentes. Bastante combativo, já represento­u a Selecção Nacional.

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CONTREIRAS PIPA| EDIÇÕES NOVEMBRO Treinadore­s perseguem a primeira conquista na função
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BENJAMIM CANDIDO | EDIÇÕES NOVEMBRO

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