Jornal de Angola

“Tráfico de seres humanos constitui ameaça à segurança nacional”

A base de dados do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos indica o registo de 126 casos de tráfico de seres humanos, dos quais 22 por cento foram julgados

- Alfredo Ferreira| Caxito

A secretária de Estado para os Direitos Humanos e Cidadania alertou, sexta-feira, em Caxito, província do Bengo, que o tráfico de seres humanos é uma ameaça à segurança nacional e deve ser combatido sem tréguas.

Falando durante o acto central alusivo ao Dia Internacio­nal de Combate ao Tráfico de Seres Humanos, 30 de Julho, assinalado sob o lema “As vozes das vítimas indicam o caminho”, Ana Celeste Januário sublinhou que Angola tem demonstrad­o comprometi­mento no combate a este fenómeno, através de um conjunto de medidas de natureza institucio­nal e legislativ­a.

Sem referir o período em que ocorreram, Ana Celeste Januário revelou que a base de dados do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos indica o registo de 126 casos de tráfico de seres humanos, dos quais 22 por cento foram julgados.

“O combate ao tráfico de seres humanos será efectivo se houver um trabalho conjunto e coordenado, que exige o envolvimen­to de todas as nações”, defendeu.

Dados do Escritório das Nações Unidas para as Drogas e Crimes estima que no mundo cerca de 72 por cento das vítimas de tráfico humano são mulheres e meninas, para exploração sexual, seguindo-se o de pessoas para trabalho forçado, remoção de órgãos, recrutamen­to de menores para servirem como crianças soldados, barrigas de aluguer e outras formas.

Ana Celeste Januário lembrou que Angola aderiu

“O combate ao tráfico de seres humanos será efectivo se houver um trabalho conjunto e coordenado”

à campanha “Coração Azul”, em Julho de 2018, demonstran­do o compromiss­o na luta contra o tráfico de seres humanos, que atenta contra a dignidade da pessoa humana e fere os princípios dos direitos humanos, a integridad­e da pessoa, a vida e a liberdade.

A campanha “Coração Azul”, disse, foi lançada pelo Escritório das Nações Unidas Contra as Drogas e Crimes como símbolo da luta contra o tráfico de seres humanos.

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MARIA JOÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO Ana Celeste Januário (à esquerda) e Mara Quiosa (à direita) durante o acto central

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