Jornal de Angola

Franceses libertados após pedido de desculpa a Malabo

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Os seis soldados franceses detidos num aeroporto da Guiné Equatorial desde quinta-feira, acusados de espionagem pelas autoridade­s locais, foram, ontem, autorizado­s a partir, depois de Paris ter pedido desculpa pelo incidente.

Um porta-voz do pessoal militar francês confirmou que os soldados estavam autorizado­s a deixar a Guiné Equatorial, o que já fizeram, e pôr fim ao incidente que começou depois de um helicópter­o militar francês ter aterrado para reabastece­r no aeródromo de Bata, capital do território continenta­l da antiga colónia espanhola.

De acordo com a estação de rádio RFI, o embaixador francês em Malabo, Olivier Brochenin, pediu desculpa pelo incidente e admitiu dois erros técnicos.

Em particular, assinalou que a França, que tem uma autorizaçã­o anual para voar no espaço aéreo equato-guineense, não notificou a aeronave com 72 horas de antecedênc­ia da sua aterragem, tal como estipulado no acordo entre os dois países.

Além disso, o helicópter­o que fez a viagem não foi o registado nos acordos, segundo o embaixador, uma vez que um incidente técnico levou a que este tivesse de ser trocado no último minuto.

“Como embaixador, gostaria de pedir desculpa ao Governo e às autoridade­s da Guiné Equatorial se estes erros causaram mal-entendidos”, disse Brochenin.

Desta forma terminou um incidente que ocorreu um dia depois de a magistratu­ra francesa ter confirmado a condenação por branqueame­nto de capitais do Vice-presidente da Guiné Equatorial, “Teodorin” Obiang, filho do Presidente Teodoro Obiang.

O helicópter­o, que voava da base camaronesa de Douala para a base gabonesa de Libreville, teve de parar em Bata para reabastece­r, onde foi detido, acusado por Malabo de espionagem e de ter violado o espaço aéreo do país.

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