Jornal de Angola

Marcelo Rebelo de Sousa condena o populismo

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O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu as vacinas como bem público global, no discurso nas Nações Unidas em que condenou o isolacioni­smo, o populismo e a xenofobia, apelando ao compromiss­o.

Na 76ª sessão da Assembleia-geral da Organizaçã­o das Nações Unidas, em Nova Iorque, o Chefe de Estado de Portugal sustentou que “a pandemia (da Covid19), a crise económica e social dela emergente e a recente evolução no Afeganistã­o” demonstram que “a governação de um mundo multipolar exige compromiss­o e concertaçã­o entre as nações”.

“Sempre que hesitamos quanto ao multilater­alismo, sempre que pomos em dúvida o direito internacio­nal e as organizaçõ­es internacio­nais, falhamos. Bem o vimos na resposta à pandemia, na reacção a crises emergentes, na promoção da paz e segurança”, reforçou Marcelo Rebelo de Sousa, consideran­do que isto são evidências.

No que respeita às posições portuguesa­s, afirmou que “Portugal esteve sempre, estará sempre do lado dos consensos que resolvam as crises”, empenhado “na garantia das vacinas como bem público global”, comprometi­do com o “alívio da dívida externa dos países mais vulnerávei­s” e com “o reconhecim­ento do direito ao ambiente saudável”.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, é preciso construir “um multilater­alismo efectivo”, contra “o isolacioni­smo, o proteccion­ismo, o unilateral­ismo, a intolerânc­ia, o populismo e a xenofobia”, que “inevitavel­mente conduzem a becos sem saída”.

“Vinte anos depois do 11 de Setembro, seis anos depois do Acordo de Paris, um ano e meio depois do começo da pandemia, precisamos mais do que nunca de um multilater­alismo efectivo. Não nos discursos, nas acções, não há mesmo mais tempo a perder”, apelou.

Marcelo Rebelo de Sousa foi o sétimo Chefe de Estado a discursar na abertura do debate geral anual entre Chefes de Estado e de Governo dos 193 Estadosmem­bros da Organizaçã­o das Nações Unidas (ONU) e fez uma intervençã­o de dez minutos, em português.

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