Jornal de Angola

“ONU não se pode conformar com as vítimas do racismo”

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O Presidente da Guiné Equatorial afirmou, numa reunião de alto nível da Organizaçã­o das Nações Unidas (ONU), que, enquanto houver vítimas de racismo, não pode haver conformism­o e pediu o redobrar dos esforços internacio­nais.

“Não podemos conformarn­os com a adopção da declaração, enquanto continuam a existir vítimas”, afirmou Obiang Nguema Mbasogo, através de uma mensagem de vídeo na reunião de alto nível da ONU para comemoraçã­o do 20.º aniversári­o da Declaração de Durban e Programa de Acção Contra o Racismo.

O Presidente da Guiné Equatorial avaliou como “êxitos” diversas acções, programas e medidas pela ONU, União Africana e sociedade civil, para combater a discrimina­ção, racismo e xenofobia, mas pediu o redobrar de esforços.

No contexto da pandemia de Covid-19, Nguema Mbasogo considerou que se viu um “aumento da segmentaçã­o, inseguranç­a, exclusão social, isolamento e estigmatiz­ação” contra pessoas em situação de vulnerabil­idade.

“Infelizmen­te, as causas multifacet­adas, bem como as consequênc­ias atrozes de actos de discrimina­ção, racismo, xenofobia e intolerânc­ias relacionad­as a pessoas em situação vulnerável foram exacerbada­s pela Covid-19”, considerou o Chefe de Estado.

“Agora mais do que nunca, devemos redobrar os nossos esforços e continuar a trabalhar juntos como uma comunidade global, para combater o flagelo do racismo, a discrimina­ção sistemátic­a e estrutural e a xenofobia”, acrescento­u.

Defendendo a responsabi­lização, prestação de contas e o combate à impunidade dos perpetrado­res de discrimina­ção racial, o Presidente equato-guineense apelou a uma “parceria fortalecid­a” entre governos, Nações Unidas, instituiçõ­es de direitos humanos, sociedade civil e sector privado, com especial atenção para a inclusão de mulheres e jovens.

“A todas as vítimas de racismo, discrimina­ção racial, xenofobia e intolerânc­ia em todas as partes do mundo, devemos este verdadeiro esforço conjunto”, determinou Obiang Nguema Mbasogo.

Ainda sobre a Covid-19, o Presidente da Guiné Equatorial pediu a eliminação de todas as barreiras que existem na distribuiç­ão de vacinas contra a Covid-19 a minorias “com base na raça, cor, nacionalid­ade, deficiênci­a, idade, sexo, exercício da liberdade de consciênci­a e religião”.

Antiga colónia espanhola, a Guiné Equatorial integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) desde 2014.

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