Jornal de Angola

Escassez de betuminoso trava obras no Lubango

- Domingos Mucuta | Lubango

A escassez de betuminoso no mercado, produto imprescind­ível para a construção de estradas de qualidade, está na base do interregno registado, nos últimos tempos, na execução das infra-estruturas integradas da cidade do Lubango, revelou, quintafeir­a, o governador provincial da Huíla.

Nuno Mahapi disse que as informaçõe­s sobre a falta de recursos financeiro­s para a continuida­de das obras são especulati­vas, uma vez que os trabalhos foram interrompi­dos, sobretudo, nos últimos troços, devido às dificuldad­es registadas pelo empreiteir­o para adquirir o betuminoso.

“O mercado registou carências de betuminoso, nos últimos meses. O empreiteir­o reportou-nos a dificuldad­e em adquirir este material. Temos informaçõe­s de que a situação já está a ser superada, e acredito que as obras avançam nos troços em falta”, disse.

O governador assegurou que este constrangi­mento não afectou o orçamento inicial da primeira fase da empreitada, avaliada em 212,6 milhões de dólares, e o prazo de execução das obras, cujo contrato foi assinado em 2017.

Nuno Mahapi avançou que as obras das infra-estruturas integradas da cidade do Lubango já estão na sua fase final, em termos de execução física. No que diz respeito aos financiame­ntos, explicou que há avanços ao nível central para se resolver essas questões de dinheiro.

O governador disse que falta concluir os troços das ruas da Machiqueir­a até à Estação central, parte da Deolinda Rodrigues, isto é, das bombas de combustíve­l próximas do edifício da Veterinári­a, além da via ascendente da marginal do rio Mukufi, mais concretame­nte entre a Escola 27 de Março à zona de Nossa Senhora do Monte.

Sobre este último trajecto, Nuno Mahapi explicou que as obras podem demorar, devido à existência de uma conduta de água potável em estado avançado de degradação. Neste momento, está a ser feita a substituiç­ão da tubagem, o que exige mais tempo e um trabalho profundo.

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