Netflix mostra interesse nos direitos de transmissão
A Netflix afirmou que está a considerar assumir os direitos de transmissão da Fórmula 1 quando os contratos actuais terminarem.
Foi Reed Hastings, CEO da Netflix, que reflectiu publicamente sobre a posição que a empresa irá assumir quando os direitos televisivos de Fórmula 1 forem de novo postos a concurso.”há alguns anos, os direitos de Fórmula 1 foram vendidos e, na altura, não estávamos entre os concorrentes. Hoje pensaríamos nisso”, afirmou Hastings numa entrevista ao jornal alemão Der Spiegel.
Contudo, ainda há alguns entraves a um possível acordo. “Estamos no ramo do entretenimento e não do jornalismo, que deve ter certos padrões e seguir princípios éticos. Também mantemos as nossas mãos longe dos desportos ao vivo”, acrescentou Hastings, que, no entanto, admite abrir uma excepção.
“Com as transmissões desportivas não temos qualquer controlo sobre a fonte. Não somos proprietários da Bundesliga. Podem fazer acordos com quem quiserem. No entanto, este tipo de controlo seria um prérequisito para podermos fazer uma oferta segura aos nossos clientes”.
Entretanto, a Netflix está a produzir a quarta temporada de “Drive to Survive”, série documental que segue o circuito do Grande Prémio de Fórmula 1, através de cada um dos seus Grandes Prémios. Além disso, está a tornar-se cada vez mais comum ver produções Netflix sobre corridas.
Nos últimos dias, estreou “Schumacher”, o documentário sobre o segundo piloto de maior sucesso na história da Fórmula 1, e em breve estreará “The Formula”, um filme apoiado financeiramente pela Netflix e que terá Robert de Niro no principal papel.
GP do Mónaco em três dias
A Fórmula 1 vai conhecer uma mudança histórica: o Grande Prémio do Mónaco será realizado a partir de 2022 em apenas três dias. Era o único circuito do programa que se prolongava por quatro dias.
Tradicionalmente, desde o primeiro campeonato oficial em 1950, as sessões de treino iniciavam-se a uma quinta-feira, ficando a sextafeira para festividades cristãs, sendo retomado o roncar dos motores no sábado, com a corrida citadina a decorrer a um domingo.
Com a alteração das datas do Grande Prémio do Mónaco, deixou de fazer sentido a paragem de um dia para festividades cristãs. Foi o CEO da F1, Stefano Domenicali, quem anunciou à CNN Desporto esta medida.