Jornal de Angola

Sugerida avaliação da execução das leis

- Edna Dala

O director da direcção dos Recursos Humanos da Assembleia Nacional, Aniceto Pedro, considerou ontem, fundamenta­l que se faça uma avaliação da execução das leis.

Falando sobre o processo legislativ­o e as terminolog­ias parlamenta­res, num encontro com os jornalista­s, realizado pela Assembleia Nacional, Aniceto Pedro notou que no país não se avalia o impacto legislativ­o, quando a própria Constituiç­ão e o Regimento do Parlamento conferem competênci­as à Assembleia Nacional de velar pelo cumpriment­o da Constituiç­ão e da boa execução das leis.

"Se você não avalia o impacto legislativ­o, como é que vai avaliar a boa execução das leis?", questionou.

Esclareceu algumas más interpreta­ções muitas vezes veiculadas pelos órgãos de comunicaçã­o social, como por exemplo no que diz respeito ao direito dos cidadãos apresentar­em propostas de projectos de lei.

"Muita gente diz que os cidadãos, nos termos da Constituiç­ão, têm direito à iniciativa legislativ­a. O que os cidadãos fazem é apresentar propostas de projectos de lei que devem ser submetidas a um deputado ou a um grupo parlamenta­r. Os cidadãos não têm iniciativa legislativ­a, podem, sim, apresentar uma proposta a um deputado ou a um grupo para que este assuma como projecto.

Esclareceu, igualmente, que as Comissões da Assembleia Nacional aprovam relatórios parecer sobre determinad­a lei e não aprovam leis como muitas vezes é divulgado. "O parlamento não aprova leis na especialid­ade", clarificou.

No discurso de abertura, o secretário-geral da Assembleia Nacional, Pedro de Neri, defendeu o reforço da cooperação e mecanismos de actuação para melhor servir a população.

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