Casos de bilharziose enfermam habitantes da comuna de Necuto
A doença, com manifestações de sangue na urina, que está a assolar a aldeia de Seva da Fazenda, na comuna de Necuto, município de Bucozau, é a shistossomíase (bilharziose), revelou, ontem, o secretário provincial da Saúde de Cabinda.
Rúben de Fátima Buco afirmou que se trata de uma doença infecciosa contraída pelo consumo de água que detém bactérias produzidas por caracóis, principais vectores que transportam os micro-organismos que transmitem a shistossomíase, causando infecção na região do baixo-ventre (bexiga).
O secretário da Saúde informou que um diagnóstico ditou que a doença na aldeia de Seva da Fazenda é bilharziose e está a afectar pessoas com idades que vão dos nove aos 60 anos.
Informou que os primeiros casos foram identificados num universo de 90 por cento de crianças de uma escola primária da localidade de Necuto, que se encontravam a urinar sangue.
Depois da notificação desses casos, esclareceu, foi criada uma Comissão Técnica de Avaliação, que envolveu a rede laboratorial da província, equipas de vigilância epidemiológica, bem como coordenação de doenças negligenciadas e infecciosas.
Fizeram a colheita das amostras da água do rio Luali, cacimbas e sangue de cerca de 70% dos habitantes da localidade, para se identificar a origem da doença e se determinar o tratamento.
Em função da realização dos exames laboratoriais complementares e do aspecto clínico dos pacientes acometidos pela doença, foi determinado que se estava em presença de uma epidemia conhecida, comummente, por bilharziose. Os doentes já estão a cumprir o tratamento médico, na base de Praziquantel M2 300 de 600 miligramas, MZ2 319 e Albendazol.
Rúben de Fátima Buco apelou os doentes, sobretudo os progenitores de cujos filhos contraíram a doença, para cumprirem rigorosamente com o tratamento médico “porque, caso não seja bem tratada, poderá provocar complicações graves na região do baixo-ventre e que só poderá ser resolvida mediante uma intervenção cirúrgica”.
Os cidadãos das zonas ribeirinhas do Lucola, no município de Cabinda, e da vila de Lândana, em Cacongo, estão, igualmente, em observação médica, segundo fez saber o responsável.