Jornal de Angola

Criativida­de dos pavilhões lusófonos está a encantar o público na Expo Dubai

Hoje os artistas angolanos realizam o primeiro de três espectácul­os na exposição internacio­nal, num elenco que junta gerações e procura trazer o melhor da música nacional ao público que visitar o palco Earth Stage

- António Bequengue | Dubai

A Língua Portuguesa está bem representa­da na Expo Dubai 2020, com a representa­ção de pavilhões de todos os países da comunidade, o que tem sido um alento para os falantes da língua de Camões que visitam a exposição internacio­nal.

Entre os destaques desta edição estão pavilhões como o de Angola, que dispõe de um espaço enorme, em abóbada, que traz uma experiênci­a imersiva e leva os visitantes a conhecer o passado e vislumbrar o futuro do país. Há ainda uma praça, com um palco, onde, ao longo da Expo, são feitas apresentaç­ões artísticas.

“O que nos interessa nessa exposição é, primeiro, a conexão com o mundo, contactar outras culturas, adquirir experiênci­as, quer no sentido da tecnologia e de boas práticas, quer no sentido das relações económicas internacio­nais. Temos como objectivo mostrar o que é Angola, enquanto país aberto ao investimen­to, com uma grande área agrícola cultivável”, explicou a comissária-geral de Angola para a Expo, Albina Assis.

A piscina

Como uma grande piscina à entrada do espaço brasileiro, que tem atraído muitos visitantes para um refresco ao forte calor do Dubai, o pavilhão do Brasil na Expo 2020 foi visitado nos três primeiros dias por 12.795 pessoas de diferentes países, que acorrem diariament­e, desde o início do mês, à exposição internacio­nal, nos Emirados Árabes Unidos.

Localizada na área de Sustentabi­lidade, o pavilhão do Brasil atrai os visitantes que procuram se refrescar na grande piscina existente no espaço, devido às altas temperatur­as do Dubai. Os dados cedidos pela Agência Brasil informam que a construção do pavilhão custou 25 milhões de dólares. O espaço tem o formato de um imenso cubo branco. Além da lâmina d’água, sob uma estrutura de aço e lona branca, com música e sons da natureza, o local possui uma cafeteria e um salão de exposições, onde está patente uma mostra de fotos do Brasil.

A Agência Brasileira de Promoção de Exportaçõe­s e Investimen­tos (Apex-brasil) garante que, com a participaç­ão do Brasil na exposição, espera-se atrair dez mil milhões de dólares em investimen­tos estrangeir­os directos e gerar 500 milhões de dólares em exportaçõe­s.

Vários são os visitantes que arregaçara­m, diariament­e, as bainhas das calças e vestidos para entrar na piscina, colocada num pavilhão feito como local de reflexão, tranquilid­ade e brincadeir­a, como explicou o director do recinto, Raphael Nascimento.

“Espero que as crianças, principalm­ente, entrem no espelho d’água e se divirtam curtindo os sons do Brasil. À noite, o pavilhão se converte numa enorme tela de projecção, com 125 projectore­s de alta definição a levarem as pessoas numa viagem pelo Brasil. É uma forma de conhecerem mais sobre o património histórico, as indústrias e tudo que o Brasil tem para oferecer ao mundo”, disse Raphael Nascimento.

A caravela

Do têxtil ao mobiliário, o pavilhão de Portugal é um edifício com o formato de uma caravela com dois espaços interactiv­os. As visitas ao espaço são feitas em grupo e têm a durante aproximada de 20 minutos.

A primeira atracção é uma sala de projecção em 360 graus, que mostra um pouco da cultura e das imagens de Portugal, enquanto a outra é uma sala de exposições na qual há muitas informaçõe­s sobre o país. O local dispõe, ainda, de uma loja com produtos portuguese­s e um restaurant­e, que oferece pratos típicos portuguese­s.

Os colectivos

Os restantes países de Língua Portuguesa estão presentes na Expo 2020 em pavilhões colectivos, prédios que reúnem espaços de diferentes nações, como é o caso de Timor-leste, São Tomé e Príncipe, Guiné-bissau, Moçambique e Cabo Verde.

Estes Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (Palop) levaram para a Expo aspectos peculiares das suas culturas, peças de artesanato, fotos sobre a flora, fauna e espécies marinhas, produtos típicos, vestuários e outros artefactos tradiciona­is.

O pavilhão de Moçambique, por exemplo, dispõe de uma galeria de algumas das personagen­s mais icónicas do país, como Eusébio da Silva Ferreira, José Craveirinh­a, Alberto Chissano, Mia Couto, Bertina Lopes e Lurdes Mutola.

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CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO | DUBAI Temática dos espaços dos países lusófonos está a atrair milhões de turistas todos os dias, devido à aposta na criativida­de

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