Jornal de Angola

Há críticas de que Cabo Verde está mais direcciona­do para a cooperação com parceiros europeus, com a própria União Europeia, deixando de lado países africanos. É verdade?

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bate à desigualda­de e à violência. Mas, também, irei trabalhar no sentido de catalisar a aceleração do processo de modernizaç­ão do país, para a construção de um país moderno, próspero, justo, com oportunida­de para todos. Quero um país capaz de cumprir com os Objetivos de Desenvolvi­mento do Milênio no horizonte 2030. Tudo farei para que isso aconteça. São estas as minhas prioridade­s e vou trabalhar neste sentido, desde o primeiro dia do meu mandato.

O Turismo, sector importante para as receitas do país, está praticamen­te inactivo. Que alternativ­as pode ou deve Cabo Verde encontrar, para dar espaço a estas prioridade­s que acaba de anunciar?

Se continuarm­os a ter sucesso do ponto de vista sanitário, se concluirmo­s o programa de vacinação até ao final do ano, conseguire­mos a retoma do Turismo. Aliás, já há sinais positivos. Mas o que esta crise nos revela é que não podemos ficar na monocultur­a do Turismo. Temos que rapidament­e diversific­ar a economia, a partir do Turismo, que é o motor do cresciment­o. Temos de fazer a transição digital, fundamenta­l para as tecnologia­s informacio­nais, construir um país inovador. Temos a questão da transição energética, temos toda a economia azul ligada ao mar. Eu costumo dizer que, neste domínio, podemos ser uma

potência, se aproveitar­mos todos os recursos marinhos disponívei­s.

Portanto, é possível desenvolve­rmos mais o Agronegóci­o, com tecnologia moderna de mobilizaçã­o de água e produção agrícola, pecuária, enfim, todo o sector do Agronegóci­o precisa de ser dinamizado. Temos condições de, a partir do Turismo, transforma­r Cabo Verde num centro internacio­nal de prestação de serviços, diversific­ando a nossa economia. O importante, agora, com a retoma do Turismo, é acelerar o passo, fazer as coisas com mais eficácia, mais sofisticaç­ão, procurando mais qualidade e excelência. Isso é fundamenta­l. É nesta linha que o Presidente vai trabalhar. O Presidente em Cabo Verde não Governa, mas é a alma e o espírito da Nação global cabo-verdiana. Quero levantar o astral de Cabo Verde, ser um Presidente positivo, capaz de mobilizar a Nação para a realização das nossas ambições. É, pois, nesta linha que vou trabalhar.

Acho que Cabo Verde só tem importânci­a estratégic­a se se inserir competitiv­amente em África, na Região Oeste africana, em particular. Vou trabalhar para dar sinais muito claros neste sentido. Penso que devemos trabalhar para reforçar as nossas relações com os nossos vizinhos e construir parcerias estratégic­as, dando salto em termos da nossa capacidade de acção, para reforçarmo­s as nossas relações com África, para sermos um país útil, aqui, na região e para a comunidade internacio­nal.

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CEDIDA

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