CARTAS DOS LEITORES
Sou leitor assíduo do Jornal de Angola e lembro-me de ter lido, numa edição da semana passada, salvo erro, uma referência sobre a escuridão na estrada principal do Zango, desde a conhecida "entrada do bairro", a partir da Via Expressa. Até há algumas semanas, a via tinha iluminação, sobretudo na maior da sua extensão. De lá para cá, só escuridão, numa altura em que se multiplicam os casos de assalto na via pública. Já que as autoridades competentes não resolvem o problema, pelo menos que expliquem ao cidadão o que se passa de concreto. Há algum problema nos Postos de Transformação (PT) ou no sistema de distribuição? Quanto tempo aquele troço importante ficará às escuras? Penso que não custa nada prestar este tipo de informação porque os governantes trabalham para o cidadão. A informação é um instrumento importante na governação porque, sem ela, há espaço para especulações. com maior índice populacional, senão mesmo o maior. Há até quem defenda que, numa eventual nova divisão administrativa de Luanda, o Zango deixe de ser distrito urbano e ascenda a município, até porque tem infra-estruturas para tal. Mas penso que há certas coisas que devem ser mudadas neste distrito, sobretudo do ponto de vista de organização. Não entendo, por exemplo, como é que as autoridades não façam nada para impedir o surgimento de um mercado, na conhecida segunda paragem do Zango III, quando, a escassos metros, está um mercado completamente vazio. O mercado ilegal surgiu com poucas senhoras que se faziam de zungueiras, mas depois foram aparecendo uma, mais uma, até termos um cenário de mercado. Os agentes da Polícia às vezes tentam correr com as senhoras, mas parece que falta autoridade para imporem-se. Se a situação continuar, daqui o troço para dar ao interior do bairro é completamente tomado e muitos
APOLINÁRIO VINEVALA Zango III
Ontem, tornou-se viral um vídeo em que nos foi dado a ver só mais um exemplo de que a criminalidade está em alta em Luanda. Um cidadão que se fazia circular numa viatura ligeira, nas imediações da Feira Internacional de Luanda (FILDA), foi perseguido por outros dois, que se faziam transportar numa motorizada que dispararam, sem apelo nem agravo, contra o ocupante da viatura. O acto criminoso, filmado por alguém que se encontrava num dos edifícios próximo ao local do assassinato, parece ter sido um ajuste de contas, porque os autores não levaram nenhum pertence da vítima, nem mesmo a viatura, abandonada pelo ocupante, cujo corpo foi cravado por várias balas. Lamentável em todo aquele cenário é que nem as pessoas que assistiam a vítima a contorcer-se e supostamente a dar os últimos suspiros levaram o cidadão ao hospital, nem algum agente da Polícia aparecia no local.