Economia deve crescer em 2022
A economia angolana deve crescer no próximo ano, mas esse crescimento depende do combate à pandemia da Covid-19, disse, ontem, o Presidente da República, João Lourenço, lembrando que o país ainda está longe das metas de vacinação.
“Em 2017, a nossa economia já não estava bem, o nível de endividamento era bastante grande e, como se não bastasse, logo a seguir veio esta pandemia que a todos afectou. Mas devo dizer que, não obstante a pandemia, Angola está a sair bem”, afirmou João Lourenço, no debate virtual com o Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, no âmbito do Fórum Euro-áfrica.
“Fizemos um acordo com o Fundo Monetário Internacional, que vai terminar agora, em Dezembro. Estamos satisfeitos com os resultados deste mesmo acordo e pensamos que o FMI, de igual forma, está satisfeito. E a tendência, em princípio, é para a nossa economia começar a crescer a partir do próximo ano”, adiantou.
Mas reconheceu que o país crescerá mais rápido quanto mais cedo conseguir sair da situação da Covid-19”.
A propósito do combate à pandemia, João Lourenço disse o país já passou por várias fases “nas quais se saiu bem”. Mas está “agora naquela etapa em que a vitória será alcançada” se conseguir “vacinar o maior número possível de cidadãos”, sublinhou.
“Temos vacinados cerca de um terço da população do país elegível para apanhar a vacina”, referiu, acrescentando que a população abrangida “é de 20 milhões de habitantes, dos quais exactamente 5.544.226 cidadãos estão vacinados com pelo menos uma dose, sendo que desses, 1.330.301 já têm as duas doses”.
O Chefe de Estado reconheceu que o país está muito longe de atingir o nível de satisfação. Recordou que a meta estabelecida era “vacinar cerca de 60 por cento da população elegível até Dezembro deste ano”.