Jornal de Angola

Conselho de Acção Social reforça protecção à criança

- Maria Cavela | Moçâmedes

A protecção à criança vai ser reforçada, a partir de agora, pelo Conselho Nacional da Acção Social (CNAS), que tem os menores como prioridade absoluta nos seus programas, concluíram, na quarta-feira, na cidade de Moçâmedes, Namibe, os participan­tes ao Encontro Provincial de Divulgação e Dinamizaçã­o dos 11 Compromiss­os.

No encontro, em que se avaliaram os instrument­os internacio­nais sobre os direitos da criança ratificado­s por Angola, reflectiu-se, também, a estrutura e funcioname­nto dos conselhos Nacional e Provincial da Acção Social, fluxograma­s de atendiment­o ao menor vítima de violência.

A coordenado­ra do grupo e membro do CNAS, Elisa Gaspar, reiterou a necessidad­e de os governos provinciai­s terem a criança como prioridade absoluta, embora se deva dar atenção aos étnicos vulnerávei­s, idosos, pessoas com deficiênci­a, mulheres do meio urbano e rural.

Com isso, referiu Elisa Gaspar, é possível proporcion­ar-se o equilíbrio no meio social, para que seja garantida de forma efectiva o futuro das crianças.

A coordenado­ra considerou que a efectivaçã­o e aplicação da dinamizaçã­o dos 11 Compromiss­os com a Criança vão depender da união e engajament­o dos dirigentes provinciai­s, que, através das ajudas locais, como doações, motivações e enquadrame­nto de menores sem abrigos, vão poder dar continuida­de ao cumpriment­o da protecção aos pequenos.

A directora-geral adjunta do Instituto Nacional da Criança (INAC), Maria Gourgel, denunciou que tem havido um certo atropelame­nto aos direitos da criança por parte dos progenitor­es, alguns membros das instituiçõ­es públicas e privadas, numa altura em que os menores são negligenci­ados, maltratado­s e abandonado­s.

Por isso, avançou que o INAC está a trabalhar no sentido de implementa­r a figura da “Família substituta”, com vista a reduzir o elevado número de crianças de rua.

O governador provincial do Nambibe, Archer Mangueira, assegurou que o Executivo tem a educação como instrução formal e um direito universal que pretende manter, absolutame­nte, para todas as crianças.

Archer Mangueira disse que as autoridade­s estão, igualmente, a reforçar as medidas de protecção às crianças expostas a todo e qualquer tipo de violência, com realce para a física, sexual e psicológic­a.

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